Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de abril de 2017
O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci está disposto a detonar de vez o PT. Junto com Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ele negocia um acordo de delação premiada no qual pretende revelar como as propinas originadas do esquema de corrupção na estatal abasteceram as campanhas do partido e o bolso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na próxima sexta-feira, Duque deve prestar depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato, e fornecer uma amostra das revelações explosivas que estariam a caminho. Na avaliação de dirigentes petistas, os segredos de Palocci e Duque têm potencial para causar mais estragos do que as acusações bombásticas feitas pelo ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral, que acusou Lula e a então presidenta Dilma Rousseff de tentativa de obstrução da força-tarefa.
O temor inspirado pela delação de Palocci também tem deixado o meio econômico de cabelo em pé. O ex-ministro, que chegou a despontar como a melhor possibilidade presidencial para substituir Lula, mantinha um bom trânsito entre empresários e banqueiros. Quando deixou o governo, em função das revelações de que o seu patrimônio se multiplicara inexplicavelmente, ele passou a prestar consultorias para diversas companhias, ganhando uma fortuna, embora não se saiba a natureza dos serviços oferecidos aos seus clientes.