Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2017
Após o primeiro turno das eleições presidenciais na França, ainda não se sabe quem irá para o Palácio do Eliseu. Embora o liberal Emmanuel Macron esteja se distanciando da ultranacionalista Marine Le Pen, caso a situação se inverta, teme-se que o resultado possa influenciar diretamente a vida de milhares de imigrantes, incluindo brasileiros que moram no país europeu.
Uma das principais promessas de campanha de Le Pen é o combate à imigração, retomando o controle das fronteiras do país europeu. Recentemente, ela prometeu, caso seja eleita, suspender toda a imigração ilegal e impor limites à legal, a fim de conter “uma situação louca e descontrolada”. Além disso, a candidata da extrema direita ainda quer aumentar os impostos sobre empresas que contratem trabalhadores estrangeiros.
“Teremos atitudes mais severas do governo francês. Os candidatos já se pronunciaram com preocupação em relação aos ataques terroristas provocados por estrangeiros, mas que não têm ligação com brasileiros”, explicou Clayton Vinícius Pegoraro, professor de direito internacional da Universidade Mackenzie. Segundo ele, em curto prazo, o resultado das eleições “não deve provocar nenhuma mudança referente ao processo e ao tratamento de brasileiros”.
O brasileiro, de modo geral, não encontra grandes problemas no exterior para entrada, saída e permanência por causa da própria relação diplomática entre os países”, acrescentou.
Mesmo não havendo dados oficiais precisos sobre o número de imigrantes que moram na França, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que há mais de 28 mil brasileiros vivendo no país europeu. De acordo com o consulado do Brasil em Paris, ainda há um grande número de cidadãos com dupla cidadania, que não aparecem nos registros franceses como estrangeiros.