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Brasil Posso até ser leviano, mas metade não volta para Cuba, diz Mourão sobre médicos

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Militar da reserva prevê fiscalização de atividades, cobrança de prazos e impedimento de desperdícios. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Vice-presidente da República eleito, o general Hamilton Mourão (PRTB) disse, nesta segunda-feira (19), que acredita que metade dos médicos cubanos que trabalham no Brasil no programa Mais Médicos não retornará ao país caribenho após o fim da parceria com o governo brasileiro, anunciada na última semana.

“Posso até ser leviano, mas acho que metade não volta, hein. Não sei, acho que eles gostam do nosso estilo de vida”, afirmou a jornalistas na saída do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição. Ele disse ainda que os profissionais que desejarem ficar poderiam continuar trabalhando no país: “O próprio presidente Bolsonaro já falou isso”.

“Não sei quanto tempo vai levar para esses médicos saírem. Vamos lembrar que para eles serem desdobrados onde estão, tiveram o apoio das nossas forças armadas. Eles estão espalhados por todo o Brasil, são mais de oito mil, não é dar um estalido e todos eles vão se deslocar para um aeroporto e embarcar”, comentou Mourão.

Na última quarta-feira (14), o governo de Cuba anunciou o fim de sua participação no Mais Médicos. O país atribui sua decisão a questionamentos feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), à qualificação dos médicos cubanos e ao seu projeto de modificar o acordo, exigindo a revalidação de diplomas no Brasil e a contratação individual.

Nesta segunda (19), Mourão diz que se reuniu com diversos grupos da transição, mas não detalhou aos jornalistas as discussões de nenhuma das reuniões.

Atualmente, o Mais Médicos soma 18.240 vagas, sendo que cerca de 2.000 estão abertas, sem médicos. Do total de vagas preenchidas, 8.332 são ocupadas por médicos cubanos, que vem ao Brasil por meio de uma cooperação com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Além destas, o país tinha 4.525 vagas ocupadas por brasileiros formados no Brasil, 2.824 brasileiros formados no exterior e 451 intercambistas (médicos de outras nacionalidades).

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1.600 municípios que hoje fazem parte do Mais Médicos só tem cubanos nas vagas do programa. Não há informação sobre o total de médicos extras (contratados pelos próprios municípios) nestes locais.

A expansão de cursos e vagas de graduação em medicina ganhou impulso nos últimos cinco anos. Dados do Ministério da Educação apontam que, desde 2013, ano da implantação do programa, foram criadas 13.624 vagas para formação de novos médicos no País.

Na tentativa de compensar a saída de profissionais cubanos do programa federal Mais Médicos, o presidente Michel Temer atender pretende implementar um novo Revalida, exame para revalidação de diploma de médicos formados no exterior. Em encontro promovido pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), em Brasília, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, informou que o presidente pediu a ele para agilizar a adoção de um nova avaliação.

“O presidente determinou que tratemos de forma mais ágil, rápida e eficaz a implantação de um novo Revalida, pra que médicos brasileiros formados no exterior possam exercer sua profissão no País”, disse.

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https://www.osul.com.br/posso-ate-ser-leviano-mas-metade-nao-volta-para-cuba-diz-mourao-sobre-medicos/ Posso até ser leviano, mas metade não volta para Cuba, diz Mourão sobre médicos 2018-11-19
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