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Preço do algodão sobe no campo, mas indústria descarta alta expressiva ao consumidor

Produto brasileiro tem boa qualidade devido aos padrões de chuva do País. (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

Acompanhando a alta de diversos produtos, em especial os alimentos, o algodão se valorizou no campo nos últimos meses. A pluma, que é um dos principais itens da indústria de roupas, chegou a aumentar cerca de 20% no fim de agosto.

Isso gera preocupações de que, além da alimentação, as roupas fiquem mais caras. Porém, segundo a indústria têxtil, essa alta não deverá chegar forte ao consumidor. Isso porque o impacto da valorização do algodão acabou sendo absorvido pela atividade, diz o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Pimentel.

“Os primeiros elos da cadeia sofreram um impacto muito grande, mas são várias etapas até chegar ao consumidor. Nossa estimativa é de que o algodão representa 7% do preço total da roupa”, afirma.

“A alta atinge uma parcela da produção de vestuário do País. Considerando que metade da produção é algodão e outra metade não, mesmo se todo o custo fosse repassado, a alta na ponta [do consumidor] seria algo de 1%”, acrescenta Pimentel.

Além disso, a indústria acredita que o aumento é passageiro. O motivo é que, como o setor parou durante a pandemia, a retomada é demorada, com muitas empresas querendo comprar algodão ao mesmo tempo, o que também valoriza o produto.

Como todo produto de exportação do agronegócio, as chamadas commodities agrícolas, o dólar valorizado é o principal motivo para o aumento do preço do algodão.

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