Sábado, 11 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2019
O gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que irá entregar à meia-noite (horário local) deste sábado (19) uma carta à UE (União Europeia) pedindo uma nova extensão do prazo do Brexit, de 31 de outubro para 31 de janeiro de 2020.
Johnson foi obrigado a pedir uma nova extensão – apesar de repetidas vezes anunciar que se recusaria a fazê-lo – para cumprir uma lei aprovada pelo Parlamento britânico em 4 de setembro.
Como o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia que ele negociou com o bloco não foi aprovado em uma sessão extraordinária na manhã deste sábado, ele foi forçado a enviar a carta. Mas o premiê se recusou a assinar, apesar de seu nome constar no documento.
Além disso, Johnson anexou uma segunda carta, esta sim assinada, endereçada a cada um dos membros do bloco. O texto tem a mensagem de que o adiamento seria “profundamente corrosivo”, e “prejudicaria os interesses do Reino Unido e de nossos parceiros da UE”, acompanhado de um pedido para que os líderes da União Europeia convençam os parlamentares britânicos a aprovarem seu acordo.
Essa foi a forma encontrada por Johnson, seguindo orientações de seu procurador geral, Geoffrey Cox, de cumprir o chamado Benn Act – cláusula do Acordo de Retirada da União Europeia que obriga o primeiro-ministro a pedir uma extensão – deixando claro que discorda do pedido. Desta forma, Johnson anuncia que quem solicita um novo prazo é o Parlamento, não ele e seu governo.