Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2016
Na próxima segunda-feira, a Lua estará mais perto de nós do que o comum. Na verdade, ela não se mostra tão atrevida há algumas décadas. Será possível observar a maior Superlua em quase 70 anos. Mas do que se trata o fenômeno?
De acordo com a astrônoma britânica Heather Couper, as superluas são resultado de uma “casualidade”. “A Lua gira ao redor de uma órbita elíptica, e se a Lua Cheia coincide com o ponto do trajeto onde está mais próximo da Terra, ela pode parecer absolutamente enorme”, afirma.
Na segunda-feira, a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu – que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.
Com exceção do eclipse da Superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial, mesmo que, curiosamente, tenhamos neste ano três Superluas – a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.
Qual é a melhor forma de ver uma Superlua?
É possível se preparar para aproveitar melhor o fenômeno e ainda identificar algumas “surpresas”. A melhor maneira, claro, é ir para um local aberto e tranquilo, longe das grandes cidades e da iluminação artificial muito forte e potente.
Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece na linha do horizonte. O especialista Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, explica que isso não é resultado de uma ilusão de ótica, mas de um efeito ótico que não é compreendido nem por astrônomos nem por psicólogos. Mesmo assim, ele acrescenta que Superluas parecem ainda maior quando vistas através das árvores ou de casas.
Alguns especialistas sugerem outra dica no mínimo curiosa para dissipar a ilusão: uma pessoa pode ficar de costas para a Lua, curvar-se e olhar para o céu entre as pernas.
Surpresas para descobrir.
Na região da Lua que ficará visível com o fenômeno há uma abundância de crateras causadas por impactos de meteoritos e atividade vulcânica de bilhões de anos atrás.
Os contrastes entre as áreas que refletem a luz do Sol (as montanhas) e as planícies que permanecem na sombra (os mares) pode ser convertido, com um pouco de imaginação, nas mais surpreendentes figuras.
No momento em que a Lua aparecer maior e mais brilhante, teremos uma excelente oportunidade para descobrir figuras ocultas e “desenhos” na superfície da geografia lunar.
Uma das silhuetas mais reconhecidas é a de um coelho com grandes orelhas. A imagem é tão fascinante que a civilização maia criou até uma lenda para explicar o que era um mistério até então. A lenda envolve o deus Quetzalcóatl, que, depois de um ato de generosidade de um coelho que lhe ofereceu comida em um momento de extrema necessidade, decidiu levá-lo para a Lua em sinal de agradecimento. Dessa forma, a imagem do coelho seria vista por todos e por toda eternidade. (AG)