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Brasil Presidente do Banco Central do Brasil afirma que fica no cargo mesmo com a saída do presidente Michel Temer

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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta (29) que permanece no cargo mesmo que o presidente Michel Temer saia do cargo.

Questionado se continua na presidência do BC e se a política monetária se mantém mesmo se Temer eventualmente sair da presidência, Goldfajn respondeu: “Sim e sim”.

“O BC é uma instituição que preza de autonomia, que se mantém, continua e olha o médio e longo prazo. O presidente do BC está dentro desse contexto institucionalizado onde estamos trabalhando pela economia e pelo país”, declarou.

Como mais questões surgiram sobre o tema, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, interveio e afirmou que “não trabalhamos por hipóteses”.

“Uma das coisas que aprendemos já há muitos anos é: não trabalhamos por hipóteses. E se amanhã houver uma situação de catástrofe natural? Temos que trabalhar dentro do cenário colocado e dos mandatos da equipe econômica. Estamos cumprindo nosso mandato, trabalhando com total foco na economia brasileira”.

Laudo da polícia indica pressão de Temer sobre BNDES

Análise feita pela Polícia Federal da conversa que o presidente Michel Temer teve com o empresário Joesley Batista em março sugere que o peemedebista disse ao dono da JBS ter pressionado o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em favor da empresa em janeiro deste ano.

Melhorias feitas no áudio da conversa, que foi gravada por Joesley secretamente, permitiram aos peritos da PF reconstituir trechos do diálogo que antes estavam inaudíveis, segundo o laudo da polícia.

No encontro, Joesley afirma ter ouvido do ex-ministro Geddel Vieira Lima que houve empenho e esforço com “o BNDES e aquela operação lá”.

De acordo com trecho que os peritos da PF dizem ter recuperado agora, o presidente da República responde então ao empresário: “Sabe que eu fui em janeiro pressionar”.

O contexto da conversa sugere que a pressão relatada por Temer ocorreu sobre a então presidente do BNDES, Maria Silvia Marques Bastos. Isso porque, um pouco mais adiante, o peemedebista completa: “Muito recentemente eu a chamei, porque ela tá travando muito crédito”, de acordo com transcrição feita pelos peritos da PF.

“Eu chamei e ela veio me explicar”, disse Temer. Ele relata então o diálogo travado com Maria Silvia. “Aquele [ininteligível] da JBS, deu para fazer [ininteligível]?”, perguntou Temer, segundo a PF. “Nós fizemos de outro jeito que deu certo”, disse a presidente do BNDES, sempre de acordo com o que a PF afirma que Temer disse na conversa.

O encontro do presidente com Joesley Batista ocorreu no dia 7 de março deste ano no Palácio do Jaburu, em Brasília. Em 2016, a JBS anunciara um plano de reestruturação, mas teve de cancelá-lo após o veto do BNDES, cujo braço de investimentos, o BNDESpar, é sócio da JBS.

A intenção da família Batista era transferir a sede da empresa para a Irlanda, transformando a operação brasileira em uma subsidiária dessa companhia internacional, e lançar ações da nova JBS na Bolsa de Nova York.

O plano foi divulgado em 11 de maio de 2016, um dia antes de Michel Temer assumir a presidência interinamente, com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pelo Senado. Os investidores adoraram a ideia e as ações se valorizaram em seguida.

Mas os Batista não conseguiram aval do BNDES e, no final de outubro, abandonaram o projeto. Em nota divulgada na ocasião, o banco afirmou que a proposta implicaria na “desnacionalização” da gigante de alimentos e que a vetara porque não atendia “aos interesses da companhia e de seus acionistas”.

O Banco afirmou na semana passada que Maria Silvia tratou do assunto com Temer num encontro em 24 de outubro de 2016, quando teria comunicado ao presidente a decisão de vetar a operação. Ela nega ter sofrido pressões.

As ações da JBS sofreram um baque após o veto do banco. Mas a queda no preço dos papéis foi logo recuperada com a divulgação, em 5 de dezembro de 2016, de um novo plano. A JBS anunciou no início daquele mês que sua sede permaneceria no Brasil e que, nos EUA, seriam lançadas ações de uma subsidiária, a JBS Foods International.

A Presidência da República não quis comentar os trechos recuperados pelos peritos da PF. O BNDES afirmou que o único encontro entre Maria Silvia e o presidente para tratar da mudança da sede da JBS foi o ocorrido no dia 24 de outubro de 2016. Segundo o banco estatal, não houve outra reunião com Temer sobre esse assunto. (Folhapress)

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