Durante uma parada entre as viagens internacionais em busca de abertura de novos mercados, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, participou das atividades na Casa da Rede Pampa na 48ª edição da Expointer, destacando a importância de discutir um novo modelo para o setor a fim de evitar perdas econômicos e garantir a segurança alimentar.
Segundo Santin, o fechamento de mercados tem sérias consequências, não só para a produção animal, mas principalmente quanto à alimentação nas camadas mais vulneráveis das populações. A ABPA está liderando uma discussão global sobre o tema para que tenhamos novos conceitos, para mostrar que todos têm suas responsabilidades, para que o Brasil não tenha seu mercado fechado e para o enfrentamento da fome no mundo.
“O fechamento de mercados provoca falta de comida e faz com que os mais pobres paguem a conta. Na África do Sul, por exemplo, o preço quase triplicou, e as famílias ficaram com menos comida na mesa. Além de que a fome no mundo hoje atinge mais 700 milhões de pessoas”, afirmou Santin, ressaltando que levará a discussão para o evento internacional “Enfrentando juntos a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade”, promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre os dias 9 e 11 de setembro, em Foz do Iguaçu.
Em sua visita à Expointer 2025, o presidente da ABPA comemorou a recuperação do agro gaúcho. “Estamos há um ano em resiliência na agricultura do Rio Grande do Sul e já nos recuperamos do único episódio de influenza aviária registrado. Já está superado, mostrando a força da avicultura gaúcha, agregando US$ 9,5 bilhões aos grãos que são consumidos por aves e suínos para serem exportados como carne”, destacou.
Santin recordou, porém, que o Rio Grande do Sul perdeu mais de US$ 50 mil por mês em razão do fechamento do mercado por conta de um único caso isolado de gripe aviária.
Exportações
O presidente da ABPA está otimista quanto às exportações brasileiras de proteína animal diante das novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. De acordo com Santin, as proteínas de aves, suínos e ovos estão sendo pouco impactadas, com exceção da tilápia, a mais prejudicada.