Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2025
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avisou ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que não irá tolerar novas manifestações com cartazes, como as vistas na última quarta-feira, quando deputados federais de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva levaram cartazes em protesto contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no plenário da Casa.
A ação desrespeita uma regra imposta pelo próprio Motta. O protesto de parlamentares aconteceu após um bate-boca entre parlamentares e o ministro durante audiência.
Em fevereiro, Motta editou um ato que determinou a proibição de cartazes, banners e panfletos no plenário da Câmara após tumulto entre parlamentares da oposição e da base do governo. Na época, deputados entraram em embate sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos os lados utilizaram cartazes.
“Conversei com o Sóstenes e avisei que isto não será tolerado novamente, foi um último aviso. Existe uma norma a ser cumprida e ele precisa avisar à bancada que, caso isto se repita, aplicaremos ‘medidas pedagógicas’ contra esses deputados”, disse ele ao jornal O Globo.
No ato que proíbe o uso de cartazes, Motta argumenta que o uso prejudica os trabalhos legislativos. Quem infringir a decisão poderá responder por quebra de decoro parlamentar e ações no Conselho de Ética.
“Observa-se que a utilização de cartazes e afins nos recintos dos Plenários prejudicam o bom andamento dos trabalhos legislativos, transformando o debate de ideias relevantes ao país que se espera que aconteça nas tribunas em discussões muitas vezes infrutíferas e ofensivas”, diz.
Na quarta, Sóstenes foi encarregado de discursar contra Haddad, o chamou de “analógico” e afirmou que ele não tem “condições” de comandar a pasta da Fazenda.
“Vamos sempre lutar contra o aumento de impostos porque o brasileiro, pode ser o pobre, o classe média vão sempre pagar impostos no Brasil”, disse o deputado.
Em seguida, o líder seguiu listando medidas do governo que retiraram isenções fiscais e aumentaram impostos, e junto com os parlamentares de oposição em volta do plenário, repetiu a frase: “Deus nos livre do Taxad”, entoaram. As informações são do jornal O Globo.