Por Redação O Sul | 21 de julho de 2015
Após a divulgação de nova pesquisa que mostra índices baixíssimos de aprovação ao governo Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a defender na terça-feira que o PMDB abandone o Palácio do Planalto e siga para a oposição porque o partido não quer “ficar sócio de 7%”. Ele disse ainda que a marca mostra que o governo está quase no “cheque especial”.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (21) aponta que a popularidade de Dilma é de apenas 7,7%, contra 70,9% de reprovação.
“É uma deterioração do ambiente econômico que consequentemente está levando à deterioração da popularidade. Está muito ruim. Daqui a pouco está chegando no cheque especial”, comentou o peemedebista.
Cunha sempre foi um aliado incômodo, mas se tornou adversário declarado do governo desde a semana passada, quando veio à tona nova suspeita contra ele no escândalo de corrupção da Petrobras – notícia que ele atribui a uma dobradinha secreta entre o Executivo e o Ministério Público Federal.
“Realmente, quando a gente vê essa pesquisa, a gente vê que realmente alguma coisa tem que ser mudada. É por isso que o PMDB tem que rever essa posição [de continuar na base aliada]. É mais uma constatação de que as coisas não estão caminhando bem e algo tem que ser feito”, disse.
Cunha, no entanto, afirmou que não espera ter o apoio de todo o partido em uma eventual migração para a oposição, mas que vai “pregar” tal mudança no congresso nacional da legenda, que será realizado em setembro. “Eu nunca disse aqui que quero levar todo o partido. Eu disse que vou pregar, a minha militância vai pregar, para que a gente deixe a base, até porque nós não queremos ficar sócios de 7%”, afirmou. (Folhapress)
