Quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2016
Uma das novas contas bancárias no exterior atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o conecta ao ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada, preso em Curitiba (PR) e condenado em 1ª instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema na estatal. Cunha é suspeito de ser beneficiário de depósitos em 13 contas fora do País, em nome de offshores em paraísos fiscais. O escritório de advocacia que criou uma dessas empresas também criou as duas offshores usadas por Zelada para movimentar propina. Os empreendimentos e o escritório têm sede no Panamá.
O jornal O Globo revelou que o presidente da Câmara é suspeito de receber propina em 13 contas no exterior, a maioria na Suíça. Até agora, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por quatro delas.
As outras nove aparecem na delação premiada dos donos da Carioca, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior. Eles entregaram duas tabelas: em uma delas, constam quatro contas com “altíssima probabilidade” de associação ao parlamentar no esquema. A conta e a offshore que conectam Cunha a Zelada estão nessa. A tabela indica que a Kilbert Investments recebeu repasse de 150 mil dólares no banco UBP, na Suíça, em 28 de junho de 2012. O dinheiro é propina e foi transferido a partir de conta no país europeu operada pelos empresários, diz a delação.
(AG)