Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2015
Dois meses após o protocolo da representação que pede a cassação do seu mandato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentará nesta semana levar o trâmite do processo novamente à estaca zero. Aliados vão buscar emplacar esse cenário no Conselho de Ética –caso não consigam, irão recorrer à presidência da Câmara, comandada por Cunha, que já deu decisão na semana passada em benefício do peemedebista.
Na quarta-feira (09), por meio de um recurso de aliados à presidência da Câmara, o relator no Conselho, Fausto Pinato (PRB-SP), foi substituído por Marcos Rogério (PDT-RO) sob o argumento de que o primeiro não poderia ter assumido a função por pertencer a partido que apoiou a eleição de Cunha para a presidência da Casa.
Com isso, os aliados do peemedebista vão pedir que todos os atos tomados sob a relatoria de Pinato sejam anulados e que seja dado novamente direito à manifestação da defesa.
A cassação contra Cunha não conseguiu superar nem a fase inicial, a do chamado relatório preliminar, que tem a função de definir apenas se há elementos mínimos para que seja dada sequência ao processo. O presidente da Câmara foi denunciado sob a acusação de integrar o petrolão, além de ser investigado por ter omitido patrimônio em contas milionárias no exterior.
Desde que começou a tramitar, o processo de cassação sofreu sucessivos atrasos. A representação levou 14 dias, o tempo máximo possível, para receber uma simples numeração da Mesa Diretora, comandada por Cunha. (Folhapress)