Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou na manhã deste sábado (01) sua conta no Twitter para negar que esteja preparando uma “pauta-bomba” para prejudicar a presidenta Dilma Rousseff. Ele afirmou ainda que o Congresso não tem culpa pela “paralisia da economia, a recessão, os juros elevados e a queda de arrecadação”, que atribuiu à “situação de descontrole” do País.
Nos bastidores, Cunha, que rompeu com o governo, ameaça dar sequência a uma “pauta-bomba” na Câmara, aprovando projetos que representem rombos no já apertado Orçamento da União, e também autorizar o início da tramitação de um pedido de impeachment contra Dilma.
No Twitter, o deputado disse que todos os projetos debatidos na Câmara são da agenda “remanescente do primeiro semestre, acrescida das prestações de contas dos governos anteriores”. Em uma série de 14 tuítes em um intervalo de poucos minutos, ele justificou as correções do FGTS, o reajuste do Judiciário e a PEC da advocacia pública.
Denúncia de propina
Cunha também aproveitou para anunciar que vai pedir a interpelação judicial da advogada criminalista Beatriz Catta Preta. Responsável por nove acordos de delação premiada de réus na Operação Lava-Jato, ela fechou seu escritório e abandonou processos da Lava-Jato.
“Depois de tudo que está acontecendo, e por zelar pela minha segurança e dos meus filhos, decidi encerrar minha carreira”, afirmou Beatriz. Segundo ela, a pressão aumentou após um de seus clientes, o lobista Júlio Camargo, mencionar em depoimento que pagou 5 milhões de dólares em propina a Cunha.
Na rede social, Cunha disse que a acusação da advogada “atinge a Câmara como um todo” e que ela deve “ser responsabilizada por isso”. O deputado afirmou ainda que a interpelação servirá para que ela detalhe as ameaças que sofreu e quem está por trás delas. (Folhapress)