Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2015
Embora tenha negociado por semanas a fio a preservação de seu mandato parlamentar em troca do engavetamento dos pedidos de impeachment contra a presidenta Dilma, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nessa quarta-feira que seja uma espécie de revanche a postura dele de acatar denúncia contra a petista por crime de responsabilidade.
Ao anunciar ter acatado os argumentos formais do pedido de impeachment formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, Cunha disse que sua atitude não traz felicidade e afirmou que o seguimento do processo que pode levar à retirada de Dilma do poder será uma forma de o País enfrentar os questionamentos sobre eventuais crimes de responsabilidade praticados pela petista.
“Lamento profundamente o que está ocorrendo. Que nosso País possa passar por esse processo, superar esse processo e com isso superar nossa crise política e econômica, sem eu fazer qualquer juízo de valor do mérito disso e sem qualquer tipo de torcida”, declarou Cunha.
“A mim não tenho nenhuma felicidade de praticar esse ato e não o faço por nenhuma motivação de natureza política. Eu refutei todos e o rejeitaria se tivesse em descumprimento da lei. Por mais que eu tentasse buscar qualquer caminho de interpretação e por todos os pareceres que chegaram até mim pela consultoria legislativa e pela assessoria jurídica e por terceiros os quais eu consultei, não consegui encontrar um que conseguisse me desmontar a tese que está sendo aceita hoje”, completou.