Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), forneceu o nome da mãe como contrassenha a ser usada em consultas ao banco suíço Julius Baer. A informação consta dos papéis de abertura da conta Triumph-SP, uma das quatro atribuídas ao parlamentar pela PGR (Procuradoria Geral da República).
Para os investigadores envolvidos no caso, se trata de mais um indicativo de que os recursos no exterior eram diretamente controlados pelo peemedebista. Entre os procedimentos de segurança, o banco exige que o cliente responda a uma pergunta secreta, definida no momento da criação da conta. Ela serve para acessar o serviço de helpdesk (suporte técnico).
A questão escolhida na abertura da Triumph-SP foi “O nome de minha mãe”. A resposta a ser dada, preenchida em uma das fichas de abertura, era “Elza”. O deputado é filho de Elza Cosentino da Cunha. Na opinião dos investigadores da Operação Lava-Jato, o uso de informações pessoais para acessar a conta enfraquece os argumentos de Cunha, que desde a semana passada afirma não ter ingerência sobre os valores nela depositados.
Em entrevista ao O Estado de S. Paulo, publicada no último sábado, o presidente da Câmara garantiu ter repassado recursos de seus negócios no exterior, entre eles a venda de carne enlatada à África, para agentes fiduciários, os quais seriam os responsáveis pela administração dos ativos. (Folhapress)
