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Esporte Presidente da Confederação Brasileira de Skate quer maconha liberada no esporte

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Bob Burnquist, de 41 anos, é presidente da CBSK. Modalidade integrará Olimpíada de Tóquio, em 2020. (Foto: Caiuá Franco/TV Globo/Divulgação)

O presidente da CBSK (Confederação Brasileira de Skate) quer que a maconha seja liberada no esporte. Em entrevista, o skatista Bob Burnquist, de 41 anos, fala sobre a vida de cartola e como vem encarando problemas espinhosos, como os casos de doping de integrantes da seleção brasileira. O esporte é uma das cinco novas modalidades integrantes do programa de competições na Olimpíada de Tóquio, em 2020. Veja os principais trechos da reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”

1) Você já se acostumou com a vida de presidente de uma confederação?

É uma experiência nova. Entendo a importância de estar numa posição como essa. A gente teve todo aquele imbróglio que estava rolando (com a confederação brasileira de hóquei e patinação sobre a gestão do skate olímpico). Entrei meio que sem pensar muito, me coloquei à disposição de todos, para tudo o que eu pudesse ajudar. A quantidade de coisas a fazer realmente aumentou muito. Mas a verdade é que eu entrei mesmo para ajudar a CBSK, não ganho nada ali dentro. Quero fazer as coisas, organizar a entidade e seguir o meu caminho.

2) Você acha que sua presença foi decisiva para resolver a questão do reconhecimento da CBSK pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil)?

Sim, foi. Até porque eu não entraria nessa se não soubesse que eu poderia ajudar. Sei da força que eu tenho. Não poderia falar nada depois se não fizesse alguma coisa. Não sabia se iria conseguir, mas que teria a força para isso. Fiz um lobby enorme, usei todos os meus contatos, dizendo que a gente precisava resolver aquela situação e deu tudo certo.

3) Os skatistas brasileiros já assimilaram a cultura olímpica? Por exemplo, em relação ao doping?

É um momento educacional. Temos dado uma atenção especial ao doping, temos que prestar atenção a isso. Obviamente que aquelas substâncias que são conhecidas como doping, todos precisam ficar ligados. O que eu mesmo venho aprendendo são situações como, por exemplo, no caso em que o atleta está com uma febre, toma um remédio que tem uma “máscara” e que é doping. Sem estar educado quanto a isso, pode entrar numa situação que não é legal. Ou se você já toma um determinado medicamento e não coloca na lista do antidoping, pois não tem esse costume. Aí, vem o resultado positivo, o atleta diz que sempre toma esse remédio, mas como não o colocou na lista…

4) E que tipo de orientação a confederação tem dado aos atletas?

Estamos reforçando, principalmente com os atletas da seleção brasileira, que precisam ficar atentos. Foi o caso do Ítalo (Peñarrubia, que deu positivo no exame em janeiro), que tomava um medicamento controlado, mas não comunicou na hora do exame.

5) O que você pensa do fato da maconha ser considerada doping?

Acho que substâncias como THC ou o Canabidiol não deveriam estar na lista da Wada (Agência Mundial Antidoping), mas elas estão. Se queremos fazer parte do movimento olímpico, enquanto elas estiverem na lista, temos que respeitar as regras. Não pode usar em competição, simples assim. Mas em minha opinião, deveríamos iniciar um movimento para que ela deixe de ser considerada proibida pela Wada. A cannabis em si é uma substância que ajuda no combate a dor e a não usar os opioides. Existem certos opioides que não são doping, mas te viciam, te estragam o organismo. A pior coisa a fazer é consumir este tipo de remédio. Já a cannabis, que é natural, não tem efeito colateral e acaba sendo a melhor forma de lidar com a dor, não pode. Mas enquanto estiver no código antidoping, tem que prestar atenção, regra é regra.

6) Que tipo de apoio que a CBSK está dando aos atletas que testaram positivo?

Estamos dando um suporte, indicando advogados para ajudar no processo do recurso, a coisa já está bem encaminhada e eles estão bem assessorados. Individualmente, cada um está cuidando de seu próprio caso. Agora é educar os atletas. O que podemos fazer é direcionar estes casos aos advogados.

7) Você pretende ficar mais um mandato à frente da CBSK?

Olha, não vou ficar 20 anos (risos). Estou aqui para ajudar, enquanto sentir que estou ajudando, seguirei.

8) Qual a expectativa que vocês têm em relação a resultados para Tóquio 2020?

A gente acredita muito nos nossos skatistas, basta ver que estão sempre no pódio nas competições internacionais.

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https://www.osul.com.br/presidente-da-confederacao-brasileira-de-skate-quer-maconha-liberada-no-esporte/ Presidente da Confederação Brasileira de Skate quer maconha liberada no esporte 2018-06-09
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