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Economia Presidente do Banco Central diz que o crescimento do Brasil foi subestimado

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Movimento pode ser observado a partir de 2020, segundo ele. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, ironizou as projeções subestimativas de economistas sobre a atividade econômica no País. Esse movimento de estimativas abaixo do realizado é possível observar nos últimos três anos, segundo o chefe da autarquia monetária.

Para 2023, por exemplo, a previsão no início de ano era de uma alta perto de 0,8% no Produto Interno Bruno. O número fechado ainda será divulgado pelo IBGE, mas tanto o prognósticos do governo, BC e consultorias é de um crescimento próximo de 3%.

“É curioso a gente ver o que os agentes econômicos esperavam de crescimento e o que aconteceu, de fato, nos últimos três anos. Acho que seguir o nosso conselho, o conselho de economistas, em termos de crescimento econômico, tem sido uma péssima pedida”, brincou o presidente da autarquia monetária, em palestra promovida pela Frente da Economia Verde.

Em 2022, houve um movimento parecido. O boletim Focus, que hoje reúne cálculos de aproximadamente 160 instituições financeiras, mostrava pela mediana uma alta de 0,29% no PIB, mas o dado oficial mostrou um crescimento de 3%.

O presidente do Banco Central observou que essa discrepância pode ser observada a partir de 2020, primeiro ano da pandemia. Em anos anteriores ocorria um fluxo contrário, segundo economistas ouvidos: as estimativas tendiam a ficar acima do efetivamente realizado.

Campos Neto cita, como fatores de influência, no curto e médio prazo, os programas de transferência de renda, sendo o principal o Bolsa Família, que ajuda no impulsionamento do consumo. Como “efeito estrutural” fala de reformas realizadas no passado.

Medidas já aprovadas – como reforma da Previdência e reforma trabalhista – foram citadas como exemplos em outras palestras dele. Elas estariam contribuindo para o crescimento potencial da economia brasileira.

Taxa neutra

Sobre os juros do Brasil, Campos Neto afirmou que, em termos reais, estão mais perto da taxa neutra do que os de outras economias emergentes. O presidente do BC salientou que a diferença entre os juros reais e a taxa de equilíbrio aproximou-se — “está bem perto” — da observada no mundo avançado.

Quando a referência são pares emergentes, os juros do Brasil, disse Campos Neto, estão mais perto da taxa de equilíbrio do que outros países.

Ele citou como exemplo, nessa comparação, o Chile. Ao explicar por que os juros no país vizinho estão mais baixos do que os do Brasil, Campos Neto observou que a taxa de equilíbrio no Chile, em termos reais, está entre 1% e 1,5%, enquanto no Brasil ela gira entre 4,5% e 5%. “A questão é: por que nossa taxa de equilíbrio é tão alta?”, assinalou Campos Neto.

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