Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2025
O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nessa quinta-feira (24) ter sido alvo de uma tentativa de envenenamento com “três produtos químicos” adicionados a uma geleia e a alguns chocolates que recebeu de presente durante um evento público.
Segunda denúncia
Esta é a segunda denúncia apresentada pelo governo sobre supostas tentativas de atentar contra a vida do presidente, em meio às grandes manifestações de indígenas que protestam contra sua gestão.
De acordo com Noboa, o presente continha geleias e chocolates contaminados com três substâncias diferentes, que não faziam parte da composição original dos produtos nem de suas embalagens.
“Três compostos em uma alta concentração. É impossível que não tenha sido intencional”, afirmou o presidente em entrevista à rede CNN.
“Apresentamos a denúncia, apresentamos as provas, a concentração dos três produtos químicos”, acrescentou.
Caso investigado
O órgão militar responsável pela segurança presidencial apresentou uma denúncia ao Ministério Público para que o caso seja investigado.
No início de outubro, o governo já havia declarado – sem apresentar evidências – que o carro em que Noboa viajava teria sido atingido por tiros disparados por manifestantes indígenas.
Protestos intensos
Os protestos se intensificaram após a eliminação do subsídio ao diesel, medida que gerou forte reação de grupos sociais e organizações indígenas. Em duas ocasiões, o presidente entrou em áreas ocupadas por manifestantes e foi recebido com paus e pedras.
Alguns analistas avaliam que esses deslocamentos podem ter como objetivo reforçar a narrativa de violência por parte dos manifestantes e angariar apoio político antes da consulta popular marcada para 16 de novembro, com a qual Noboa busca abrir caminho para a convocação de uma Assembleia Constituinte.
“Ninguém quer que joguem um coquetel molotov, nem um rojão, nem que o envenenem com um chocolate, nem que atirem pedras”, disse o presidente, de 37 anos. As informações são do jornal O Globo e da agência de notícias AFP.