Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2025
O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, afirmou nessa terça-feira (30) que “beira o impossível” o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não querer ser candidato a presidente da República em 2026.
O líder partidário disse que basta criar o ambiente favorável no campo da direita para a candidatura e o ex-presidente Jair Bolsonaro sacramentar o apoio ao governador, que foi seu ministro de Infraestrutura.
“Tarcísio só vai ser candidato a presidente se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. Ele jamais trairia Bolsonaro. Agora, se nós todos, não só o Bolsonaro, dermos essa missão a ele, não tenho dúvida que ele será (candidato) e será eleito até com certa facilidade”, disse o senador, em entrevista à GloboNews.
Na segunda-feira (29), Tarcísio de Freitas esteve com Jair Bolsonaro, na casa do ex-presidente, em Brasília, onde ele cumpre prisão domiciliar. Ao fim da visita, o governador afirmou que foi “prestar solidariedade”, “sem nenhum tipo de interesse”.
No entanto, pessoas ligadas a ambos contaram que eles trataram da eleição de 2026. Segundo as fontes, o governador não descartou disputar a Presidência da República nem uma reeleição em São Paulo. Também estava presente o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A jornalistas, após o encontro, o filho do ex-presidente elogiou Tarcísio, mas disse que não haverá qualquer decisão sobre quem será o candidato a presidente enquanto não houver clareza sobre o que acontecerá com o projeto de anistia.
O senador afirmou ainda que não abre mão de anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados por golpe de Estado, o que beneficiaria seu pai, e que vai lutar até o fim para que Jair Bolsonaro esteja nas urnas em 2026 – ele está inelegível até 2030.
Na mesma entrevista à GloboNews nessa terça, Ciro Nogueira reclamou que a direita tem perdido muito tempo com “discussões inúteis” em vez de unir “esforços no principal adversário, que é o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula”.
“Estávamos perdendo muito tempo e muito esforço nessas discussões inúteis que só nos dividia. E tenho certeza que, depois desse alerta, pelas conversas que tive com todos os presidentes de partidos e lideranças, acho que nós vamos ter um processo de unificação nesse projeto político.”, afirmou ele.
A declaração ocorreu ao analisar temas recentes, como a PEC da Blindagem e a tentativa de uma anistia ampla, geral e irrestrita, como querem parlamentares do PL e de outros partidos mais próximos de Bolsonaro, que seria beneficiado com a medida. (Com informações do portal O Tempo)
