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Geral Presidente do PT do Ceará diz não ter “como comportar” o grupo de Cid Gomes no partido

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O senador Cid Gomes está de saída do PDT após ter travado uma disputa interna com irmão Ciro Gomes. (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

De saída do PDT após ter travado uma disputa interna com irmão Ciro Gomes, o senador Cid Gomes irá definir o seu próximo partido em uma reunião que ocorrerá no dia 4 de dezembro em Fortaleza, capital do Ceará. Com um grupo de 43 prefeitos e 15 deputados, o parlamentar recebeu convites de quatro siglas até o momento: PT, PSB, Podemos e PSB. Na quarta-feira, sua ala se reuniu com os dois últimos partidos, que, neste momento, saem na frente.

Tido como preferência pessoal de Cid, o PT tem dado sinais dúbios para o senador. Enquanto o ministro da Educação, Camilo Santana, fez um aceno público ao político, os dirigentes e filiados estaduais do partido afirmam que não há espaço para acomodar todos os seus aliados. Em conversas internas, Cid já afirmou seu desejo de uma migração conjunta, no intuito de não perder força política.

“Não temos como comportar todo o grupo, são 43 prefeitos, além de 15 deputados, isso tem repercussão em situações locais e regionais. Algumas (lideranças) têm alinhamento, não é dificuldade, mas outras têm contenciosos políticos com lideranças que estão no grupo do senador, então não é uma equação simples, talvez aí seja o gargalo”, disse o presidente do diretório estadual do PT, Antônio Filho, em entrevista ao jornal “Diário do Nordeste”, nessa sexta-feira.

Nos bastidores, aliados de Cid avaliam que uma filiação ao PT geraria desconforto para os prefeitos cidistas. Esta é a avaliação do deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE).

“Há muita dificuldade porque não contemplaria todo mundo. Temos prefeitos que, apesar de fazerem parte da parte de Elmano (de Freitas, governador), estão em lados opostos ao PT nos municípios no que diz respeito as candidaturas do ano que vem”, afirmou o parlamentar.

Neste cenário, sobram outros três partidos. O Solidariedade, sob a figura de Paulinho da Força, procurou o grupo, mas também não agrada a maioria. Em termos ideológicos, o PSB seria o partido mais alinhado. Em entrevista ao jornal O Globo, a deputada estadual e irmã mais nova de Cid e Ciro, Lia Gomes, inclusive confessou ser sua escolha pessoal.

No entanto, com a possibilidade de uma federação com o PDT nas eleições municipais do ano que vem, a possibilidade de filiação se torna um sonho distante, a não ser que a sigla descarte de vez este plano. Por este motivo, até o momento, o Podemos desponta como favorito. Apesar de não comungar com todos os valores pedetistas, o partido está disposto a receber todo o grupo e é liderado pelo ex-deputado e prefeito de Aracati, Bismarck Maia. Pai de Eduardo Bismarck, Maia é um antigo aliado de Cid no estado.

Briga de irmãos

Atualmente, os irmãos Ferreira Gomes vivem o maior momento de tensão por discordarem sobre os rumos do PDT no Ceará. O senador defendia que a sigla fosse base do governo Elmano de Freitas, enquanto Ciro considera impensável um apoio ao PT.

Esta divergência data das eleições do ano passado, quando os cidistas se opuseram ao lançamento da candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que acabou em terceiro lugar na disputa. Como resultado deste primeiro impasse, a ex-governadora Izolda Cela deixou a sigla, junto a outros dez prefeitos. Um ano depois, a briga permanece a mesma: Ciro se recusa a estar junto com o PT, o que Cid considera essencial por entender que o lulismo garantiria a ascensão do partido.

Em 2023, todavia, os ânimos se exaltaram. Com a posse de Carlos Lupi no Ministério da Previdência, o deputado André Figueiredo, aliado a Ciro, assumiu a Presidência do partido interinamente. Em julho, Cid costurou um acordo com Figueiredo para que pudesse estar à frente do diretório estadual no Ceará até o final deste ano.

Poucos dias após esta “vitória” do senador, uma disputa judicial foi iniciada entre os dois. Figueiredo já destituiu a Executiva do Ceará em mais de uma ocasião, o que foi reestabelecido pela Justiça via liminar. Incomodado com as sucessivas derrotas impostas pelo irmão, após o encontro no Rio, Cid concedeu cartas de anuência para integrantes de sua ala. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/presidente-do-pt-do-ceara-diz-nao-ter-como-comportar-o-grupo-de-cid-gomes-no-partido/ Presidente do PT do Ceará diz não ter “como comportar” o grupo de Cid Gomes no partido 2023-11-24
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