Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2016
Principal esperança do governo contra o impeachment no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já disse a interlocutores que não tem condições de barrar o afastamento da presidenta Dilma Rousseff do cargo caso a Câmara dos Deputados tome essa decisão. Segundo Calheiros avaliou com pessoas próximas a ele, se isso acontecer, haverá uma “onda” que certamente resultará na cassação da presidenta.
Para Calheiros, caberá ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitar o impeachment na Câmara. Conforme apuração com um auxiliar próximo ao presidente do Senado, se o governo não tiver os 171 votos dos deputados para evitar o impeachment, restará ao Senado referendar a decisão. Pelo rito determinado pelo Supremo Tribunal Federal, cabe ao Senado a palavra final sobre o afastamento da presidenta.
Calheiros tem dito a seus aliados mais chegados que “mais do que nunca” terá de adotar uma postura “institucional” diante das últimas revelações da Operação Lava-Jato. O presidente do Senado é também acusado de ser beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras.
Recentemente, ele foi mencionado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). O nome de Calheiros já havia aparecido em depoimentos do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Baiano. (AE)