Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2015
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou minimizar nessa quinta-feira as declarações feitas pelo ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró que disse, em delação premiada, ter pago 6 milhões de dólares em propina ao peemedebista e ao colega de bancada Jader Barbalho (PMDB) para a campanha de 2006.
“O Brasil chegou a uma circunstância tal que um delator da qualidade do Cerveró vira juiz, sem prova, sem absolutamente nada”, rebateu ele, ao destacar que Cerveró reproduziu a fala feita por outro condenado – em uma referência indireta ao lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. “Não tenho absolutamente nada a temer”, completou.
Sonda Petrobras 10.000
Os 6 milhões de dólares para Barbalho e Calheiros, segundo Cerveró, foram obtidos logo depois de concluída a negociação referente à sonda Petrobras 10.000. Para o peemedebista, é preciso deixar as coisas claras. Ele repetiu sua fala de que o homem público tem que prestar contas de tudo o que faz e destacou que tem se colocado à disposição. Disse ainda já ter dado seus esclarecimentos, colocado seus sigilos à disposição da Justiça. “Sou responsável pelos meus atos”, disse Calheiros.
O presidente do Senado reclamou de não ter acesso às investigações que o envolve – é alvo de seis inquéritos –, sendo, destacou, geralmente informado nos corredores pela imprensa. (AG)