Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2025
Alcolumbre (E) e Motta (D) começam a comandar Senado e Câmara, respectivamente.
Foto: Lula Marques/ Agência BrasilOs novos presidentes da Câmara e do Senado usaram a cerimônia de abertura do Ano Legislativo nesta segunda-feira (3) para pregar a pacificação e defender o respeito entre os Poderes.
A sessão solene marcou o início dos trabalhos do Congresso e contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Executivo.
Em sua fala, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pregou a pacificação, mas defendeu um legislativo forte.
“O nosso Brasil precisa de união, de pacificação”, disse. “Precisamos de um legislativo forte, atuante e respeitado. Um Congresso que fiscaliza, que propõe, que debate, que faz acontecer.”
Alcolumbre dedicou boa parte do seu discurso à necessidade de harmonia entre os poderes. Sem mencionar os recentes embates com o judiciário, sobretudo em relação ao pagamento de emendas parlamentares, o senador defendeu o respeito mútuo entre legislativo e judiciário, mas dando centralidade ao papel do Congresso.
“Vamos trabalhar em harmonia com o Executivo e o Judiciário, mas sempre garantindo que a voz do povo, representada aqui neste Parlamento, seja a base de todas as decisões”, disse.
Respeito entre Poderes
Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um discurso protocolar, mas mandou recados sobre a necessidade de os Poderes respeitarem suas atribuições.
“Essa independência e essa harmonia [entre os Poderes] pressupõem o desvelo obstinado no cumprimento das atribuições constitucionais e o respeito às competências dos demais Poderes, norteados sempre pelo interesse público”, afirmou.
Eleito no sábado (1°), o novo presidente da Câmara diz acreditar na “renovação de expectativas” sobre a Casa e destacou a busca por convergência nas pautas do Congresso.
“Bem sabemos que a pluralidade de visões e opiniões é natural e salutar dentro da sociedade e do Parlamento. Penso que o nosso esforço, como parlamentares, deve articular os diferentes pontos de vista, por meio de discussões francas dentro do Congresso Nacional”.