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Mundo Presidente dos Estados Unidos pressiona a China com investigação sobre o coronavírus antes da cúpula do G-7

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O democrata levantou dúvidas sobre o surgimento do vírus a cerca de 15 dias do encontro do G-7

Foto: Lawrence Jackson/The White House
No discurso de abertura, Biden falou sobre as emissões de metano. (Foto: Lawrence Jackson/The White House)

A investigação dos Estados Unidos sobre a origem do coronavírus e sobre a gestão da pandemia pela China surge como uma nova ferramenta para o presidente americano, Joe Biden, aumentar a criar pressão global sobre o governo chinês, maior rival geopolítico dos americanos.

O democrata levantou dúvidas sobre o surgimento do vírus a cerca de 15 dias do encontro do G-7, no qual a ambição da Casa Branca é conseguir uma declaração unificada dos aliados sobre a China, com questionamento sobre práticas econômicas, militares e de direitos humanos do país.

As informações da inteligência americana até o momento, segundo o governo, não indicam qual das teorias é a mais plausível: a da transmissão natural do vírus de um animal para humano ou a de uma fuga acidental no laboratório de Wuhan.

O novo relatório de inteligência requisitado por Biden não estará pronto antes do G-7. Mas, com o anúncio, o americano acalma os ânimos internamente e coloca um novo holofote internacional sobre Pequim.

“O tratamento do vírus pela China no início deve ser um tópico de conversa entre os líderes do G-7. E eu não ficaria surpreso se eles fizessem alguma referência em seu comunicado à necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o assunto”, afirma Matthew Goodman, vice-presidente do CSIS (Center for Strategic and International Studies), um dos principais centros de estudo em assuntos internacionais de Washington.

O grupo, formado por Alemanha, EUA, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, nunca convidou a China, segunda maior economia do mundo, para fazer parte do fórum. No entanto, a reunião marcada para começar no dia 11 deve ter a potência asiática como pano de fundo das principais discussões.

O objetivo americano é obter uma declaração clara de condenação internacional à repressão de uigures e outras minorias étnicas muçulmanas na região de Xinjiang. Mas os EUA também trabalham para que o texto tenha condenações a práticas comerciais dos chineses, além de menções à situação de Taiwan e à disputa no Mar do Sul da China, por exemplo.

Desde que assumiu a Casa Branca, Biden deixou claro que contaria com o apoio de aliados ao lidar com a China – uma diferença do antecessor, Donald Trump. Os únicos dois encontros presenciais com líderes estrangeiros realizados na Casa Branca desde a posse de Biden, em janeiro, foram com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e com o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga.

Desde a posse, o Departamento de Estado vem trabalhando no estreitamento de uma aliança e presença americana na região. A guerra comercial saiu das manchetes, quando o tema é a briga entre as duas potências, mas não porque tenha deixado de existir. Biden não revogou tarifas impostas por Trump, mas é menos estridente ao tratar do assunto.

Apesar de a disputa econômica ser pano de fundo para as principais políticas do presidente – e motor para suas ambições de agenda sustentável e renovação da infraestrutura americana –, ele tem buscado a convergência com aliados nos pontos que acredita ser possível uma pressão conjunta.

Depois do primeiro encontro da representante comercial dos EUA, Katherine Tai, com sua contraparte chinesa, a americana afirmou que os dois países têm “desafios muito grandes”. A temperatura foi mais quente na primeira reunião entre diplomatas dos dois países, em março, quando os americanos colocaram na mesa questões como o tratamento aos muçulmanos e a liberdade em Hong Kong. Na época, a gestão da pandemia ficou de fora da conversa.

“Biden está tentando trabalhar com aliados para desenvolver uma estratégia comum. Ele fortaleceu a cooperação militar e se alinhou com a Europa em questões como direitos humanos”, afirma David Dollar, que foi emissário do Tesouro americano na China entre 2009 e 2013, e é integrante do centro de estudos John L. Thornton China Center, no Brookings Institute.

“Mas os EUA não têm uma política coerente sobre como trabalhar economicamente com a China, e todos os aliados dos americanos estão determinados a fortalecer suas relações econômicas com os chineses”, diz Dollar.

Ele acredita que a principal motivação de Biden para determinar um relatório de inteligência sobre as origens do vírus seja interna, diante da pressão doméstica – de republicanos e de democratas –, depois da revelação de que três pesquisadores do laboratório de virologia de Wuhan ficaram seriamente doentes ainda em novembro de 2019, a ponto de precisarem de internação hospitalar.

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