Segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Por Gisele Flores | 23 de agosto de 2025
Reeleição no SINEPE/RS marca virada estratégica na educação
Foto: Sinepe/RSReeleito no dia 22 de agosto para mais um mandato à frente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS), Oswaldo Dalpiaz assume novamente a presidência com uma agenda clara: fortalecer o setor privado de ensino diante dos desafios contemporâneos e ampliar o protagonismo das instituições educacionais no país.
Com mais de duas décadas de atuação na área, Dalpiaz — mestre em Filosofia da Educação e especialista em Gestão Educacional — faz um balanço do primeiro triênio e aponta os rumos que pretende seguir até 2028. “A educação privada precisa ser mais do que eficiente. Ela deve ser ética, inclusiva e inovadora. É isso que nos move”, afirma.
A nova composição da diretoria do SINEPE/RS reflete pluralidade e compromisso com diferentes segmentos da educação:
Dalpiaz destaca que a queda nas matrículas do Ensino Superior é uma das pautas mais urgentes. “Faltam políticas públicas que deem condições reais para que os alunos ingressem nas universidades privadas com tranquilidade. Sem isso, o país compromete sua capacidade de formar profissionais qualificados.”
A inclusão escolar também ganha centralidade. Segundo o presidente, as escolas privadas têm sido pressionadas por não conseguirem atender de forma imediata a todas as demandas da diversidade. “Estamos avançando, mas precisamos ir além. A inclusão não é apenas uma meta — é um dever institucional.”
Outro ponto sensível é a alfabetização. Embora menos recorrente nas escolas privadas, Dalpiaz alerta para casos em que crianças não são alfabetizadas na idade adequada. “Esse processo precisa ser garantido com rigor e responsabilidade. A alfabetização é a base de tudo.”
A lei que proíbe o uso de celulares em sala de aula foi bem recebida pelo setor. “Ela reforça práticas já adotadas por muitas instituições. Tudo o que favorece o aprendizado será sempre abraçado pelo SINEPE/RS.”
Sobre o Ensino a Distância, Dalpiaz faz um alerta: “Somos contra um EAD que serve apenas para captar alunos. A modalidade precisa ser séria, regulada e acompanhada. Quando bem aplicada, é uma ferramenta poderosa de expansão do conhecimento.”
Para o próximo triênio, a diretoria pretende ampliar a capacitação de gestores e professores, fortalecer o ensino técnico e profissionalizante e investir em metodologias inovadoras. “A inteligência artificial, a neurociência e as novas abordagens pedagógicas não são tendências — são realidades que precisam ser incorporadas com preparo e ousadia.”
Dalpiaz vê com otimismo os sinais de recuperação no número de alunos após a pandemia. “Mais do que crescer em números, precisamos crescer em qualidade. A escola privada tem o dever de mostrar resultados concretos no processo de ensino-aprendizagem. Esse é o legado que queremos deixar: uma educação organizada, inovadora e socialmente relevante.”
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