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Política Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado querem colocar em votação temas que causam incômodo aos outros Poderes

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No último ano à frente da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco articulam para emplacar projetos com potencial de gerar atrito com o governo e o Supremo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Grupo pretende pressionar os presidentes da Câmara e do Senado a pedirem à Justiça a divulgação de informações do inquérito à sociedade. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No último ano à frente da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) articulam para emplacar projetos com potencial de gerar atrito com o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos entram este novo ano com metas estabelecidas: Pacheco defende a criação de mandatos para ministros da Corte, o fim da reeleição e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da criminalização do porte de drogas. Já o parlamentar de Alagoas tem a reforma administrativa como sua prioridade, depois de ter feito a tributária sair do papel.

Além de levar adiante uma agenda própria do Legislativo, a ideia dos dois é consolidar um legado e, assim, alçar novos voos políticos. Pacheco é tido como nome certo para disputar o governo de Minas Gerais, enquanto Lira deve tentar o Senado em 2026.

Congressistas apostam que a relação de Pacheco com o governo e a oposição deve oscilar, como ocorreu no ano passado. O senador foi pilar de sustentação da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, mas terminou o ano como porta-voz de grupos mais à direita. Já Lira começou o ano distante, mas tem se aproximado do governo. A relação continua a despertar desconfianças.

O presidente do Senado tem defendido a tramitação de medidas que se opõem a bandeiras da esquerda, como a PEC que criminaliza o porte de qualquer droga no País, tema que está sendo julgado pelo Supremo. Tanto Lula quanto o PT, há décadas, defendem a descriminalização do usuário.

Pacheco também defende a criação de mandatos para ministros do Supremo, que atualmente ficam no cargo até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos. O aceno é visto como uma forma de conquistar o eleitorado bolsonarista, mas encontra resistência no Judiciário.

Na Câmara, Lira já externou a vontade de aprovar uma reforma administrativa. Em vários pronunciamentos, ele reiterou que o texto não deve alterar direitos adquiridos por servidores e que haverá uma implementação gradual.

A interlocutores, Lira também afirmou que pretende pautar projetos que revisem as regras para exploração turística no Brasil. Neste caso, pode atuar em dobradinha com o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), um aliado político na Esplanada.

No Congresso, Pacheco também defende avançar com uma PEC para rever as regras para reeleição no Executivo, algo que não é prioridade de Lula. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a ideia de acabar com a recondução.

A reeleição foi permitida em 1997, quando foi alterada a Constituição com o apoio do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 2024, Pacheco tentará se equilibrar entre as campanhas municipais em Minas e a consolidação de um legado na presidência do Senado. A participação no pleito é considerada fundamental para ele construir uma base para 2026.

No horizonte de Lira também está 2026, quando ele deve tentar uma vaga no Senado. Até lá, o deputado precisará se dividir entre Brasília e Alagoas, já que espera ver o seu aliado, João Henrique Caldas, o JHC, reeleito prefeito de Maceió (AL).

A recondução é vista como fundamental para os planos do presidente da Câmara. Caldas deve concorrer ao governo de Alagoas dois anos depois, reforçando o palanque de Lira.

 

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