Domingo, 28 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Presidentes de tribunais regionais eleitorais divergem sobre a capacidade de julgar crimes comuns

Compartilhe esta notícia:

Análise na Corte de pedido da defesa de Lula deve se tornar um julgamento sobre a condução da Lava-Jato. (Foto: Agência Brasil)

Os presidentes dos tribunais regionais eleitorais divergem sobre a capacidade de receber as ações de lavagem de dinheiro e corrupção, quando atrelados a caixa dois de campanha, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que transferiu para juízes eleitorais os processos de crimes comuns relacionados a campanha eleitoral. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Gilberto Giradelli, diz que falta estrutura. Já Carlos Eduardo Padin, presidente do TRE-SP afirma que o tribunal tem condições de atender a receber essa nova demanda. As informações são do jornal O Globo.

Leia a entrevista com os dois magistrados:

Questionado sobre se a concentração de processos com crimes conexos a caixa dois na Justiça Eleitoral é benéfica ou pode representar desafio, Gilberto Giradelli respondeu: “Não vejo como positiva a remessa desses processos para a Justiça Eleitoral, exatamente pela falta de estrutura para o processamento desse tipo de ação que sabidamente é mais complexa.”

Que tipo de adaptações o tribunal vem planejando para atender à decisão do STF?

A providência seria de, primeiramente, definir a quantidade dessas ações que viriam para a Justiça Eleitoral. Isto, porém, não é fácil, porque os processos e eventuais recursos estão espalhados pelas inúmeras varas criminais do estado e até mesmo nos respectivos Tribunais de Justiça e nos demais tribunais superiores.”

Será necessária uma reorganização para atender à nova demanda de casos?

Seria necessário verificar caso a caso, para identificar se os possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro têm alguma vinculação com as campanhas eleitorais.”

O tribunal considera, para atender à nova demanda, concentrar em zonas eleitorais específicas os casos de corrupção conexos a crimes de caixa dois?

A princípio, a melhor alternativa seria a atribuição de competências a determinadas zonas eleitorais para esses processos, escolhendo juízes com prática na atuação em varas criminais e servidores em número suficiente para o satisfatório.”

Carlos Eduardo Padin, presidente do TRE-SP, questionado sobre se a concentração de processos com crimes conexos a caixa dois na Justiça Eleitoral é benéfica, ou pode representar desafio, respondeu: “Não digo que é benéfica, nem prejudicial, nem que representa desafio. É uma vinda de processos cuja quantidade se desconhece. Nossa expectativa está dentro da normalidade. Nós nos sentimos, evidentemente, em condições de receber e nos adequar a essa demanda. O Brasil é muito grande e os estados são distintos. É preciso antes que possamos dimensionar essa demanda, caso contrário ficamos na mera especulação, e fazendo agravos à Justiça Eleitoral sem o menor cabimento.”

Sobre que tipo de adaptações e reorganizações o tribunal vem planejando para atender à decisão do STF, Padin afirmou: “As soluções são variadas. É possível especializar determinadas varas, ou fazer pedidos de convocação maiores de juízes. Vamos adequar recursos humanos e materiais à demanda, que já é o que normalmente nós fazemos.”

Sobre se o tribunal considera, para atender à nova demanda, concentrar em zonas eleitorais específicas os casos de corrupção conexos a crimes de caixa dois, Padin diz que “essa é uma das alternativas. No Brasil todo nós temos varas especializadas em várias matérias. Não seria nenhuma novidade especializar algumas zonas eleitorais para essa ou aquela matéria.”

Questionado sobre como avalia a possibilidade de que juízes federais reforcem a atuação dos tribunais eleitorais, ele diz: “Não vejo necessidade. A Justiça Eleitoral tem bastante capilaridade.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Apenas 45 dentre os 594 deputados e senadores abriram mão de apartamento e auxílio-moradia em Brasília
Os Estados Unidos aumentam as exigências para os médicos estrangeiros
https://www.osul.com.br/presidentes-de-tribunais-regionais-eleitorais-divergem-sobre-a-capacidade-de-julgar-crimes-comuns/ Presidentes de tribunais regionais eleitorais divergem sobre a capacidade de julgar crimes comuns 2019-05-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar