Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2025
Cerca de 150 policiais civis participaram da Operação Litus
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Litus, com o objetivo de combater crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e extorsão no Rio Grande do Sul. Onze integrantes de uma facção foram presos.
Segundo a polícia, os bandidos compravam imóveis no litoral gaúcho para alugar em uma plataforma digital a fim de lavar o dinheiro obtido com as atividades ilícitas. O principal investigado adquiriu um terreno em um condomínio de alto padrão em Tramandaí, onde pretendia conviver próximo a autoridades que possuem residências no local.
Durante a ação, cerca de 150 policiais civis cumpriram 75 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias e quebras de sigilos bancário e fiscal, nos municípios de Canoas, Alvorada, Portão, Arroio dos Ratos, Charqueadas, Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa, Palmitos (SC) e São José (SC). Os policiais apreenderam armas de fogo, munições e veículos.
Os alvos da operação são indivíduos que fazem parte de ramificações de uma facção criminosa com sede no bairro Bom Jesus, na Capital. Os bandidos atuavam fortemente em Canoas e no litoral gaúcho. A investigação se estendeu por aproximadamente um ano.
Segundo o delegado Gustavo Bermudes, o modo de operação do grupo consistia principalmente no tráfico de entorpecentes, comércio ilícito de armas de fogo e práticas extorsivas, como empréstimos com cobrança exorbitante de juros, mediante intimidação violenta. O lucro obtido era direcionado à aquisição de imóveis no litoral gaúcho, utilizados tanto como moradia quanto para ampliar o capital criminoso por meio de locações.
“Apurou-se, ainda, que o principal investigado adquiriu um terreno em condomínio de alto padrão em Tramandaí, onde pretendia estabelecer residência e conviver próximo a autoridades públicas e políticas de destaque no cenário do Estado”, explicou o delegado.
“O objetivo central da operação é retirar de circulação criminosos de alta periculosidade, apreender bens e valores ilícitos por eles acumulados e garantir a indisponibilização judicial do patrimônio identificado, incluindo carros de luxo, terrenos e residências em condomínios de padrão elevado no litoral gaúcho”, completou Bermudes.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas, delegado Cristiano Reschke, afirmou que a operação representou um golpe significativo contra o crime organizado. “O êxito da investigação está no fato de trazer resultados preventivos, frustrando a audácia dos criminosos de alta periculosidade, negociantes de armas com forte atuação no tráfico de drogas, extorsão e agiotagem que pretendiam, com a lavagem de dinheiro, adquirir estilo de vida em ambiente próximo de autoridades públicas e empresários que residem no litoral gaúcho”, disse o delegado.