Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
A prévia da inflação oficial ficou em 0,59% em julho, após variar 0,99% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a maior para o mês de julho desde 2008. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 6,9% e, em 12 meses, de 9,25% – o maior resultado para o período desde dezembro de 2003, quando atingiu 9,86%.
De junho para julho, o preço dos alimentos subiu menos (de 1,21% para 0,64%). Ficaram mais baratos, por exemplo, tomate (-20,37%), cenoura (-12,75%), feijão (-6,27%) e hortaliças (-6,08%). O preço das roupas também caiu (de 0,68% para -0,06%).
Os artigos de residência subiram 0,47%, menos do que em junho (0,69%), e foram pressionados pelas roupas de cama, mesa e banho (1,26%), pelos utensílios e enfeites (1,13%) e pelos serviços de conserto de móveis e aparelhos domésticos (1,10%).
No caso dos gastos com transportes, cuja taxa passou de 0,85% para 0,14%, o que derrubou o índice foram as passagens aéreas. Depois de subirem 29,54% em junho, avançaram 0,91% no mês seguinte. Os combustíveis também ficaram mais baratos. A gasolina caiu 0,47%, e o etanol, 2,03%. Entre os grupos analisados pelo IBGE, a maior variação de junho para julho partiu de habitação, 1,15%, influenciada pela energia elétrica, que teve alta de 1,91%.
O mercado financeiro estima que a inflação oficial, medida pelo IPCA, feche 2015 em 9,15%, conforme o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Se confirmada a estimativa, a inflação atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.
