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Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2015
A prévia da inflação oficial ficou em 0,43% em agosto, após ter variado 0,59% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da desaceleração de julho para agosto, esse índice é o mais alto para o mês desde 2004, quando o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) chegou a 0,79%.
No ano, o indicador acumula avanço de 7,36% e, em 12 meses, de 9,57% – o maior valor desde dezembro de 2003, quando atingiu 9,86%. Em agosto do ano passado, o IPCA-15 havia avançado 0,14%. De julho para agosto, o grupo de gastos relativos a transportes, que mostrou queda de preços de 0,46%, contribuiu para que o indicador desacelerasse. Essa reduçao foi puxada pelo barateamento das passagens aéreas (-25,06%), do automóvel novo (-0,41%), do automóvel usado (-1,20%) e do etanol (-0,77%).
O comportamento do grupo alimentação e bebidas também influenciou a prévia da inflação oficial, ao passar de uma variação de 0,64% para 0,45%. De acordo com o IBGE, ficaram mais baratos, por exemplo, batata-inglesa (-9,51%), açaí (-8,51%), tomate (-6,67%) e feijão-preto (-4,30%). Por outro lado, ficaram mais caros leite longa vida (3,05%), refeição fora (0,88%) e carnes (0,87%).
Entre os itens analisados pelo IBGE, a energia elétrica exerceu a principal influência individual sobre o IPCA-15, ao ser reajustada em 2,6%. Em São Paulo, as contas subiram 7,43% e, em Curitiba, 5,03%. Com isso, as despesas com habitação acabaram registrando a maior taxa entre os grupos analisados no mês, 1,02%. (AG)