Quarta-feira, 28 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2025
A coincidência do nascimento com a data mundial de luta contra a intolerância fez de Antonella uma referência nas redes sociais. Por ser o primeiro bebê nascido com o DNA dos dois pais no Sul do Brasil, a menina reuniu no Instagram uma legião fiel de seguidores, interessados em acompanhar o desenvolvimento da menina e ter informações sobre o tratamento de fertilização feito pelos pais.
Em um ano a força de Antonella nas redes já fez o perfil @2paisdaantonella alcançar mais de 137 mil seguidores com 15 milhões de visualizações em 30 dias. Nas postagens, a vida da família é apresentada de forma natural e autêntica, deixando claro a dedicação dos dois pais na criação da filha. Isso ficou claro na festa de um ano de Antonella, no último dia 17.
Com o tema “Floresta Encantada”, a festa reuniu 70 convidados para celebrar o amor. Antonella foi desejada pelos pais Mikael e Jarbas e desde que nasceu vive num ambiente feliz e harmonioso e com toda a dedicação dos pais para dar a menina o melhor que uma criança pode ter, sejam os pais héteros ou homoafetivos.
Na festa, os convidados se emocionaram com o vídeo que destacou os principais momentos da vida de Antonella e a naturalidade do convívio com seus dois pais.
“Nós estamos vivendo um momento mágico e único de nossas vidas. Sempre sonhamos com essa oportunidade de viver plenamente a vida em uma família completa”, relata Jarbas.
Antonella foi gerada através de FIV (Fertilização In Vitro), onde foi utilizado o sêmen de um dos pais e o óvulo da irmã do outro pai, gerando o embrião que foi implantado no útero de substituição (barriga solidária), cedido pela comadre e amiga do casal. “Ver Antonella feliz, cercada de tanto amor, é a prova de que todo o trabalho duro valeu a pena. Esta celebração é sobre afeto, família – é sobre celebrar um sonho que parecia impossível,” acrescenta Jarbas.
Os seguidores da família são atuantes e interagiram bastante na preparação do aniversário, uma seguidora do Rio de Janeiro, dona de uma empresa de bolsas personalizadas, enviou kit’s personalizados com o tema da festa para serem distribuídos aos convidados.
As fortes referências na vida da pequena Antonella podem ter feito dela um símbolo na luta contra a homofobia para os seguidores, mas para os pais da menina, ela é a realização do sonho que a medicina permitiu. “Nós nunca pensamos em Antonella como um símbolo de luta, mas como um símbolo do amor. O que nós vivemos hoje é um sonho cercado de muita felicidade. Ela é a prova de que só o amor supera barreiras e vence qualquer forma de ódio e preconceito”, finaliza Mikael. As informações são do jornal O Globo.