Quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2016
A votação, na Câmara dos Deputados, da MP (Medida Provisória) 692, que elevou as alíquotas da tributação incidente sobre ganhos de capital, serviu como um termômetro político para a votação de propostas do governo que preveem aumento da carga tributária, como a da emenda constitucional que recria a CPMF.
Líderes da oposição e da base aliada avaliam que a derrota sofrida pelo Executivo, com a aprovação de alíquotas mais brandas do que as desejadas pela equipe econômica, é um indicativo da dificuldade que o governo enfrentará para aprovar a volta do tributo.
Bastante alinhado ao Planalto, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), avaliou que a votação serviu como um “indicativo” político de dificuldade para votação da CPMF, mas não deve servir de parâmetro. “O plenário estava muito disperso, depois do carnaval será possível ter um termômetro mais claro.”
Para a oposição, a votação serviu de aviso ao governo da indisposição da Câmara em votar matérias de aumento de impostos. “É um termômetro para a CPMF, que tende a ter um resultado ainda pior. É um sinal claro da má vontade dos deputados, inclusive da base, com essa lógica de aumento de impostos”, disse o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA). Para o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), a votação é um sinal para “toda matéria” que prevê elevação de tributos. “A CPMF vai ser derrubada de lavada”, afirmou. (AE)