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Brasil Primeira detida na Lava-Jato, doleira acerta delação e é solta

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A doleira Nelma Kodama em depoimento à CPI da Petrobras. (Foto: Gisele Pimenta/AG)

Primeira detida na Operação Lava-Jato e uma das personagens mais icônicas da investigação, a doleira Nelma Kodama deixou a prisão nesta segunda-feira (20) após firmar um acordo de delação premiada.

Autointitulada “a última grande dama do mercado”, Kodama, de 49 anos, que já teve um relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, ganhou notoriedade após cantar “Amada Amante” durante uma sessão da CPI da Petrobras, no ano passado, e salvar um carcereiro de um ataque cardíaco na Polícia Federal.

A delação, que foi negociada durante meses, ainda não foi homologada pelo juiz Sergio Moro. Em declarações anteriores, a doleira prometeu detalhar como mudanças na regulamentação bancária abriram caminho para a abertura de contas ocultas no exterior, facilitando a lavagem de dinheiro.

Kodama estava presa havia dois anos e três meses, desde março de 2014 – quando foi pega no aeroporto de Guarulhos (SP) com 200 mil euros na calcinha, ao tentar sair do país.

Ela recebeu uma tornozeleira eletrônica e irá permanecer em prisão domiciliar.

A doleira já foi condenada a 18 anos por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, mas irá cumprir uma pena diferenciada por causa do acordo.

O advogado de Kodama, Juan Marciano Viera, não quis se manifestar sobre os detalhes da negociação.

“Ela está bem tranquila, consciente da situação em que está e da punição que já teve. Foi uma experiência que certamente trouxe muito aprendizado para ela”, disse à reportagem.

Quando estava presa, Kodama ainda prometia escrever um livro sobre suas experiências. O advogado diz que “material para isso ela tem”. “Só falta ver se ela vai levar o plano adiante.”

DELAÇÃO PREMIADA

Nelma Kodama chegou a firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal meses depois de ser detida, em 2014, revelando informações usadas na deflagração das fases iniciais da operação.

A negociação, porém, não envolveu a força-tarefa de Curitiba (PR), que é a responsável pela condução dos acordos. Com isso, Nelma não pôde usufruir de benefícios como redução de pena ou prisão domiciliar, como acontece com colaboradores que se acertam com os procuradores.

Posteriormente, a doleira passou a fazer uma nova tratativa de delação, desta vez com a força-tarefa e com o suporte da Polícia Federal. Esse fato culminou na sua progressão de regime, nesta segunda.

O mesmo aconteceu com Iara Galdino, braço-direito de Nelma e administradora de empresas de fachada que também estava presa na sede da PF no Paraná.

Há duas semanas, ela passou para prisão domiciliar após acertar acordo com os procuradores da força-tarefa.

Inicialmente, Iara também havia negociado delação somente com a PF. Nos dois casos, os delegados destacaram aos procuradores a importância das colaborações serem aceitas pelo MPF.

O advogado de Iara é o mesmo de Nelma, Juan Viera. (Folhapress)

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