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Brasil O PT comparou a morte da vereadora no Rio à condenação de Lula

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Ex-presidente pode ser preso nas próximas semanas. (Foto: Paulo Pinto/Agência PT)

A executiva nacional do PT aprovou na quinta-feira (15) uma resolução na qual diz que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) faz parte do mesmo processo político que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e pode culminar com a prisão do petista.

Além disso, na resolução, intitulada “Lula livre é a esperança do povo brasileiro”, o PT anuncia uma série de 17 ações que vão desde a divulgação de vídeos e panfletos em defesa da liberdade do ex-presidente, passando por vigílias e manifestações de rua, até a criação de uma Rede da Legalidade composta por veículos de mídia simpáticos ao PT, em uma referência à cadeia radiofônica criada por Leonel Brizola para garantir a posse do então vice-presidente João Goulart depois da renúncia de Jânio Quadros, em 1961.

Segundo o PT, o País passa por uma “escalada autoritária” que teve como frutos a condenação de Lula e a intervenção federal no Rio de Janeiro, entre outras coisas. “A mais recente e trágica consequência dessa escalada foi o assassinato da companheira Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro. A cruel execução de Marielle choca a nação e põe a nu a violência e a criminalização da pobreza, do povo negro, das mulheres, jovens e LGBTs, dos militantes dos movimentos sociais e da esquerda. Marielle vive em nossa luta”, diz a resolução.

No texto, o PT reitera que, para o partido, Lula é inocente e foi julgado em um processo político cujas provas eram insuficientes para a condenação. A possibilidade de Lula ser preso nas próximas semanas foi um dos principais temas da reunião da cúpula petista realizada na quinta-feira em Salvador, onde acontece o Fórum Social Mundial.

Os petistas ainda apostam em uma ofensiva sobre o STF (Supremo Tribunal Federal) para que a Corte julgue casos envolvendo a prisão após condenação em segunda instância antes que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região aprecie os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula em recurso contra a condenação do ex-presidente.

Embora as alas majoritárias do PT mantenham uma esperança comedida em relação à possibilidade de Lula não ir para a cadeia, o partido começou a discutir formalmente o que fazer caso seu líder máximo seja preso. A executiva petista determinou a criação de um Comitê Nacional de Mobilização, formado pelas secretarias nacionais de Organização e de Movimentos Sociais, que será responsável por coordenar as diversas ações em todo o País.

O calendário de mobilizações começa no dia 26, quando o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) deve julgar os embargos de declaração, e vai até o dia 28, data prevista pelo PT para uma possível prisão do ex-presidente. Nesse dia, Lula estará em Curitiba (PR), sede da Lava-Jato e cidade onde provavelmente cumprirá pena, no encerramento de uma caravana pela Região Sul que começa no dia 19. A ideia é fazer um grande ato público para denunciar as supostas arbitrariedades do processo e reforçar o discurso de que Lula é um preso político.

Segundo dirigentes petistas, a indicação de um porta-voz para o ex-presidente na cadeia está descartada. Ele terá vários interlocutores que serão responsáveis por abastecer Lula de informações e repassar para fora do cárcere as mensagens do petista. Entre as medidas aprovadas pelo PT está a disponibilização das páginas na internet dos parlamentares petistas para divulgação a qualquer momento de vídeos de interesse do partido.

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https://www.osul.com.br/prisao-de-lula-e-morte-da-vereadora-marielle-franco-sao-frutos-de-escalada-autoritaria-diz-o-pt/ O PT comparou a morte da vereadora no Rio à condenação de Lula 2018-03-16
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