Por Redação O Sul | 24 de junho de 2016
O procurador da República Andrey Borges de Mendonça, que integra a Operação Custo Brasil, deflagrada nessa quinta-feira pelo MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal), declarou que a corrupção não está restrita ao escândalo da Petrobras, pois se alastrou como um câncer por diversas instituições do País.
“As investigações mostraram que o coração do governo foi atingido por esse mal, a corrupção”, avaliou Mendonça.
O procurador é um dos principais responsáveis pela Custo Brasil, que investiga desvios de aproximadamente 100 milhões de reais em contratos da empresa Consist durante gestão do então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (em 2010, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva), por meio do pagamento de propinas a políticos e integrantes do PT.
Indignação
Em entrevista à imprensa, Mendonça demonstrou perplexidade e indignação com a dimensão financeira atingida pelo esquema que envolveu a pasta do Planejamento, um órgão da administração direta.
“É lamentável constatarmos que cerca de 100 milhões de reais foram desviados de funcionários públicos”, lamentou. “Eles se privaram de medicamentos e de suas necessidades mais básicas para abastecer os cofres federais.” (AE)
