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Política Procuradoria-Geral da República e ministros do Supremo reagem à ligação de Bolsonaro para Hamilton Mourão

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Senador confirmou que o ex-presidente telefonou para discutir teor do testemunho. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro ligou para o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) antes do depoimento do general ao STF no inquérito do golpe repercutiu mal entre ministros da Corte e integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na avaliação de ministros do Supremo, o caso pode configurar obstrução de Justiça, se ficar comprovado que Bolsonaro manipulou ou coagiu Mourão. Nesse caso, lembram os magistrados, o ex-presidente poderia até mesmo ter a prisão preventiva decretada pela Corte.

Ministros do STF afirmam, nos bastidores, que a bola agora está com a PGR. Ou seja, cabe ao Ministério Público pedir ao Supremo a adoção de alguma medida ou cobrar esclarecimentos de Mourão e Bolsonaro sobre a conversa dos dois antes do depoimento do ex-vice-presidente.

Bolsonaro ligou para Mourão na semana passada, antes do depoimento do senador no inquérito do golpe. O general contou que Bolsonaro lhe pediu que reforçasse, na oitiva, alguns pontos que o ex-presidente considerava importantes.

Segundo Mourão, Bolsonaro pediu, por exemplo, que ele reforçasse nunca ter ouvido qualquer menção do ex-presidente sobre ruptura institucional. Após a publicação da matéria, o senador procurou a coluna para ressaltar que a conversa durante o telefonema foi “genérica”.

O depoimento de Mourão ao STF ocorreu na sexta-feira (23). Ele depôs como testemunha de defesa de Bolsonaro. Além do ex-presidente, ele foi indicado como testemunha de defesa pelos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto, todos também réus no inquérito.

Esclarecimento

A PGR avalia quais as providências cabíveis diante da ligação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao senador Hamilton Mourão na véspera do seu depoimento ao Supremo.

Auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, dizem que uma das hipóteses na mesa é a convocação do senador para esclarecer os assuntos que foram tratados durante o telefonema.

Outra possibilidade, na leitura desses interlocutores, é deixar a pergunta para o momento do interrogatório dos réus, quando o próprio Bolsonaro poderá se manifestar a respeito do que ambos conversaram.

À CNN Brasil, Mourão confirmou a ligação. “Falamos na véspera sobre os pontos fortes a serem abordados: transição e 8 de janeiro”, disse. Depois, porém, o senador disse que eles falaram apenas sobre o estado de saúde de Bolsonaro.

Embora o ex-presidente e Mourão não estejam proibidos de manter contato, o telefonema causou estranheza entre ministros do Supremo. Contudo, para eles, cabe à PGR definir as medidas que podem ser adotadas daqui para frente. (Com informações do portal Metrópoles e da CNN Brasil)

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