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Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2015
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou, na sexta-feira, haver “indícios suficientes” de que as contas no exterior do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são “produto de crime”. O órgão pediu o bloqueio e o sequestro dessas contas. Segundo a procuradoria, entre 2002 e 2014, a evolução patrimonial do parlamentar foi de 214%. As contas no exterior não constam entre valores declarados pelo peemedebista à Justiça Eleitoral.
Na quinta-feira, o ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar Cunha, atendendo ao requerimento da PGR protocolado no mesmo dia. O órgão quer apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar, descobertas na Operação Lava-Jato.
“Atualmente, o patrimônio declarado dele [Cunha] é de 1,6 milhão de reais, conforme suas declarações de patrimônio à Justiça Eleitoral. Em 2002, o valor declarado era de 525,76 mil reais. Para o procurador-geral em exercício, há indícios suficientes de que as contas no exterior não foram declaradas e, ao menos em relação a Eduardo Cunha, são produto de crime”, disse o comunicado divulgado pela PGR.
O órgão também pediu e obteve autorização para investigar a esposa do deputado, Cláudia Cordeiro Cruz, e uma filha dele. A procuradoria apontou indícios de que as contas não foram declaradas por elas. (AG)