Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2015
No último sábado (15), uma professora foi agredida por uma estudante de 15 anos e seus familiares durante uma festa junina na Escola Municipal Padre Afonso Kist, na cidade de Parobé, no Vale dos Sinos. O motivo teria sido a implicância da adolescente com a professora.
O estopim para a agressão foi o pedido de Luciana Fernandes, 23 anos, professora de biologia, para que a jovem esperasse seu retorno para o fim de uma brincadeira. “Fiquei responsável pela cadeia. O valor da ‘fiança’ era de 50 centavos. Um menino pagou a fiança dele e da aluna. Ela queria sair. Então pedi para ela esperar enquanto eu buscava o troco. Foi quando ela tentou me agredir”, conta a professora. Outros docentes e alunos tentaram impedir o ataque.
Incomodada, Luciana foi até a sala dos professores procurar a diretora da escola, mas foi surpreendida pela aluna e suas duas irmãs maiores de idade – uma delas grávida. “Como ela não conseguiu me agredir na primeira vez, chamou o reforço dos familiares. Os pais e os cônjuges ficaram olhando e não fizeram nada para impedir”, lembra, ainda com as marcas de socos, chutes e tapas que recebeu.
Luciana está afastada das salas de aula e está abrigada na casa do noivo, em outra cidade, pois tem receio de represálias. “Estou machucada, tomando remédio para dormir. Estou com medo e tento não sair sozinha”, admite. Assustada, ela foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência. Conforme o resultado do exame de corpo de delito, as envolvidas podem ser indiciadas por lesão corporal.
Segundo a professora, o ataque era iminente. “Estava para acontecer a qualquer momento. Na localidade em que fica a escola é normal o comportamento violento dos alunos com os colegas e professores. Casualmente foi eu, mas poderia ser qualquer outro colega”, lamenta.
De acordo com a direção da escola, a aluna foi transferida de instituição de ensino. “Tomamos todas as medidas cabíveis. Não tem mais clima para a aluna continuar nesta escola. A secretaria de educação vai apoiá-la”, explicou a diretora da escola, Maria Cleni Sarmento. O Conselho Tutelar e a secretaria da educação prometeram acompanhar a adolescente de perto. (Folhapress)