Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2025
A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Rio Grande do Sul registrou nesta semana uma marca histórica: a certificação de número 2.000 no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf). Trata-se de um procedimento necessário para o acesso a políticas públicas de fomento, ampliando assim sua capacidade de produção, comercialização e inovação.
Com o reconhecimento oficial, os empreendimentos da modalidade tornam-se habilitados a vender em feiras da agricultura familiar, por exemplo. Também podem participar de programas institucionais e integrar iniciativas de apoio estadual, criando novas oportunidades de mercado e fortalecendo a geração de renda no meio rural.
O documento foi entregue por representantes do Departamento de Agroindústria Familiar (DAF) da SDR aos proprietários da vinícola Miguel Bin, em Veranópolis (Serra Gaúcha). Um evento nas instalações da empresa celebrou a conquista.
Dentre os presentes estava o titular da Secretaria, Vilson Covatti. Ele corroborou o fato como um passo decisivo na valorização desses produtores: “Além de comprovar que o empreendimento cumpre as exigências sanitárias e legais, a agroindústria passa a ter acesso direto às Feiras da Agricultura Familiar, principal porta de entrada para a comercialização de produtos locais”.
Contexto
O Rio Grande do Sul abriga hoje 4.122 agroindústrias cadastradas, das quais 2.008 já estão incluídas no Peaf. A certificação de número 2.000 no segmento reforça o compromisso do governo com a valorização das famílias rurais, impulsionando o avanço econômico e social em todas as regiões do Estado.
“O momento simboliza o trabalho, a dedicação e o crescimento das famílias rurais do Rio Grande do Sul, reforçando o papel das agroindústrias como motor do desenvolvimento econômico local”, enfatizou o diretor do DAF, Flávio Smaniotto.
O proprietário da vinícola, Giovani Bin, afirmou que acompanhou desde muito cedo o avô na produção, e foi ali que nasceu a paixão que levou sua família a instalar a agroindústria. Ele acrescentou que o trabalho na vinícola sempre foi essencialmente familiar e com dedicação diária:
“Começamos apresentando nossos produtos aos amigos, de forma simples, e, com o tempo, buscamos o apoio técnico da Emater/RS para desenvolver o projeto que nos permitiu ingressar no Peaf. Tornar-nos a agroindústria de número 2.000 no programa é motivo de orgulho e incentivo para continuarmos produzindo com qualidade e tradição”.
Até o momento, já foram realizadas 123 feiras da agricultura familiar, com uma estimativa de vendas que ultrapassa R$ 45,2 milhões, resultado viabilizado por um aporte estadual de R$ 14 milhões destinados ao fortalecimento das agroindústrias familiares.
(Marcello Campos)
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