Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2016
No pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os promotores do Ministério Público de São Paulo usam como justificativa as manifestações do petista após ser alvo da Operação Lava-Jato, na semana passada, e até as declarações da presidenta Dilma Rousseff sobre o caso. Para os promotores, o discurso de Lula e o pronunciamento de Dilma o defendendo mostram que haverá uma tentativa de “blindá-lo”, o que pode prejudicar a instrução criminal. Eles dizem ainda que, com seu poder de ex-presidente, a possibilidade de fuga seria “extremamente simples”.
A peça, assinada na quarta-feira, afirma que os episódios de violência nos dias em que o petista tinha um depoimento marcado, em São Paulo (SP), e em que foi levado pela Polícia Federal para depor mostram que ele movimentará “toda a sua rede violenta de apoio” para evitar que o processo não siga seu curso natural. Sobre a presidenta, os promotores afirmam que a sociedade assistiu seu pronunciamento “surpresa” e que a iniciativa mostrou o “poder político-partidário” de Lula. Um episódio enfatizado no pedido foi o xingamento pelo ex-presidente gravado acidentalmente pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) no dia 4 de março. Ele disse ao telefone: “que enfiem no c… todo o processo”.