Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Cláudio Humberto | 4 de novembro de 2025
				Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministério da propaganda de Lula (PT), chefiado por Sidônio Palmeira, sentiu o impacto das pesquisas, de diversos institutos, e vai usar dinheiro público para tentar limpar a barra do chefe de governo nas redes sociais. Tracking do Planalto (pesquisas diárias para consumo interno) captaram desgaste após o petista defender traficantes, para ele, “vítimas dos usuários”. O plano é difundir o que Lula não fez: só tem a apresentar projetos tardios, como PEC da Segurança e voltar a falar mal dos EUA.
Apenas espuma
A “espuma” pretende fazer as pessoas esquecerem sua recusa de ajuda ao governo do Rio para a megaoperação contra narcoterroristas.
Não entra mosca
Lula deve focar apenas em Cop30 nos próximos dias e ser afastado de falas sobre segurança, sobretudo de improviso.
Fábrica de manchete
O Itamaraty também foi pressionado a dar celeridade ao encontro com autoridades dos Estados Unidos, que deu banana para a Cop30.
Dividendos
A pauta do encontro de Lula com Trump foi atropelada pelas manchetes da operação bem avaliada pela população contra narcoterroristas.
Relator da CPMI defende ‘megaoperação’ anti-ladrão
Relator da CPMI que investiga o roubo a nove milhões de aposentados do INSS, Alfredo Gaspar (União-AL) lamentou que a polícia não tenha o poder de chumbo contra “corruptos no poder”, assim como teve a polícia do Rio de Janeiro na megaoperação contra a facção criminosa. “Tenho pena da polícia não ter a mesma autorização pra fazer isso nos corruptos com poder”, disse o deputado ao criticar o silêncio do depoente.
Difícil investigar
Depoente de ontem, Abraão Lincoln, presidente da CBPA, entidade que levou mais de R$400 milhões dos aposentados, pôde ficar em silêncio.
Assim não dá
Gaspar também criticou o habeas corpus (mais um) dado pelo Supremo a um dos investigados pela comissão de deputados e senadores.
Palavra do investigador
“Chega aqui habeas corpus do Supremo Tribunal Federal”, desabafou Gaspar, “esse Brasil não pode continuar dividido dessa forma”.
Já?
Escritório de lobby distribui convites para homenagem, nesta terça (4), ao ministro Guilherme Boulos, com direito a regabofe, em mansão no Lago Sul, em Brasília. Tem até tema de improvável discussão: “diálogo e compromisso com o Brasil dos setores público e privado”. Çey.
Corrente do bem
Foi um sucesso a mobilização de apoiadores às famílias dos policiais mortos em operação no Rio de Janeiro. Já nas primeiras horas superou a meta de R$400 mil. Em menos de 24h ultrapassou R$1 milhão doado.
Dinheiro público
Tentando surfar na onda da segurança pública, calcanhar de Aquiles de Lula (PT), o governo federal já torrou R$1 milhão para “impulsionar” publicações com lorotas sobre o tema, no Facebook e Instagram.
Tem coisa aí
Advogado de Trump, Martin de Luca desconfia da investigação de Alexandre de Moraes (STF) sobre a operação contra o crime organizado no Rio. Acha que tem a ver com alta na popularidade de Cláudio Castro.
Flopou
Preocupou lideranças cearenses do PDT a convenção estadual e municipal neste fim de semana. Mesmo com a presença de quadros nacionais do partido, como Carlos Lupi, sobraram cadeiras no auditório.
Direita sobrando
Totalizam 191,7 milhões os seguidores dos 11 maiores líderes de oposição nas redes, incluindo Bolsonaro, filhos e Michelle, governadores etc. Os 11 maiores da esquerda, Lula incluído, 81,8 milhões.
Milei faz escola
Dispararam as chances de Johannes Kaiser, candidato do partido libertário (como o argentino Javier Milei) a presidente do Chile. Está em segundo, mas já superou candidatos da esquerda e direita tradicional.
Aversão a milico
Costumeiro desprezo de Lula por militares foi repetido na agenda que cumpre em Belém (PA). A Marinha disponibilizou uma embarcação para hospedar o petista, mas Lula preferiu um iate para chamar de seu.
Pensando bem…
…conferir sobre o clima requer encontro inflacionado.
PODER SEM PUDOR
Água enferruja
Enquanto há presidente que até tentou expulsar jornalista estrangeiro que criticou seu pendor pelo copo, Jânio Quadros nunca os xingava, até porque não escondia o hábito. Certa vez, em campanha para prefeito de São Paulo, aceitou convite de uma eleitora para almoçar. Com a carne assada no ponto, a anfitriã perguntou, gentil: “O senhor toma um copo d’água?” Jânio respondeu na bucha: “Água, minha senhora, é para radiador de automóvel.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
						O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
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