Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2017
As propinas pagas aos fiscais agropecuários e agentes de inspeção do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) eram conhecidas pelos participantes do esquema como “ajudas de custo”, que eram pagas regularmente e chegavam a R$ 50 mil, segundo as investigações da Polícia Federal que desencadearam a “Operação Carne Fraca” nesta sexta-feira (17).
Apontado pela PF como líder da organização criminosa, o ex-superintendente do Mapa, Daniel Gonçalves Filho, tinha, segundo a Polícia, relações estreitas com dois executivos das maiores empresas do setor de carnes do Brasil: o gerente de Relações Institucionais do Grupo BRF, Roney Nogueira dos Santos, e o funcionário da Seara, do grupo JBS, Flavio Cassou, que estão entre os presos nesta sexta-feira.
De acordo a PF, Daniel Gonçalves contava ainda com sua esposa e filhos no esquema. “Também foi possível verificar que a esposa e filhos de Daniel sempre prestaram-lhe auxílio em suas atividades criminosas, das mais diversas formas, como se verá”, afirma o texto da PF que embasou a decisão do juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, que expediu 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso. (AG)