Por Redação O Sul | 4 de junho de 2015
Ilimar Franco
O vice-governador de SP, Márcio França, comunicou ao PPS nessa quarta-feira que o PSB tinha desistido da fusão. A decisão foi tomada após conversa, em Recife, com o prefeito Geraldo Júlio e o governador Paulo Câmara (PE). Mas, para manter o conto de fadas, Márcio acenou com novo flerte em 2017, passadas as eleições municipais. O PPS foi surpreendido. Ele aposta na criação de uma terceira via para disputar a eleição presidencial de 2018.
O protagonismo
Os líderes do PSB em Pernambuco deixaram claro que estavam contrariados com a ascensão de Márcio França, negociador da fusão. Eles se ressentem de terem sido alijados do processo. A atitude de Geraldo e Câmara amplifica o grito dos socialistas dissidentes de outros Estados. Diante dessa resistência poderosa e simbólica, Márcio e os seus optaram pelo abandono do projeto. Eles teriam que bancar um confronto com o PSB de Miguel Arraes/Eduardo Campos. Passaram a considerar também a perda do controle da legenda. Os desdobramentos desse embate na convenção poderiam reanimar o grupo do ex-presidente Roberto Amaral, nomeado nessa quarta-feira, pela presidente Dilma, conselheiro de Itaipu.
Ninguém quer mais
Um dos integrantes da coordenação política do Planalto faz ironia com os reflexos do escândalo na Petrobras. Relata que nenhum parlamentar ou partido governista pediu para indicar diretores para a estatal, BR Distribuidora e Transpetro.
Não quer conversa
Está parada a indicação dos cargos federais do Rio. Os líderes Leonardo Picciani (PMDB) e Índio da Costa (PSD) têm negociado indicações e espaços com a coordenação política. Mas nada avança, segundo assessores do vice Michel Temer, porque o PT não participa do diálogo. Seu presidente regional, Washington Quaquá, não deu sinal de vida.
Queda de braço
A diretoria geral do Dnocs virou um drama para a coordenação política do Planalto. O ministro Henrique Alves (Turismo) quer manter Wagner Gomes de Souza. O PP, do ministro Gilberto Occhi (Integração), indicou um novo diretor.
A turma do deixa disso
O ministro Eduardo Braga (Energia) levou o comando da Suframa. Mas a nomeação de Rebecca Garcia não sai antes da pacificação política com o senador Omar Aziz (PSD). Enquanto isso, a coordenação política não pode definir os comandos da Sudam e do Basa.
O critério
Diante da falta de entendimento entre os aliados nos Estados, o governo deu um ultimato. Ou se acertam ou perdem o poder da indicação. O Planalto decidiu que vai distribuir os postos de acordo com a fidelidade na votação do ajuste.
Hora extra
A assessoria do ministro Nelson Barbosa foi convocada no feriadão. O Plano de Concessões tem de ficar redondo. No dia 9, será lançado pela presidente Dilma. O nó é o setor de ferrovia, mais complexo e que exige mais investimentos.
Com Amanda Almeida, sucursais e correspondentes
