Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2025
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nessa quarta-feira (11) que o novo programa de armamentos do país deve dar atenção especial à tríade nuclear – composta por armas lançadas por terra, mar e ar. A declaração foi transmitida pela TV estatal durante uma reunião com autoridades de alto escalão dedicada à indústria de defesa. A fala de Putin ocorre em meio a ameaças do país de um ataque nuclear no contexto da guerra na Ucrânia.
“Sem dúvida, atenção especial deve ser dada à tríade nuclear, que tem sido e continuará sendo a garantia da soberania da Rússia e desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio de forças no mundo”, disse Putin.
Forças nucleares estratégicas
Segundo ele, 95% das armas das forças nucleares estratégicas da Rússia estão totalmente atualizadas.
“Esse é um bom indicador e, em essência, o mais alto entre todas as potências nucleares do mundo”, disse ele na reunião.
Guerra nuclear
Na segunda-feira (9), Vladimir Medinski, assessor do presidente, disse que haveria uma “guerra nuclear” se a Ucrânia e membros da Otan tentassem retomar territórios ucranianos ocupados por tropas russas.
Segundo Medinski, se não houver a assinatura de uma “paz verdadeira” para encerrar a guerra, acontecerá o “fim do mundo”.
Terceira Guerra Mundial
No fim de maio, Dmitry Medvedev, principal responsável pela segurança do Kremlin, afirmou que havia risco de uma Terceira Guerra Mundial ao comentar uma fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que Putin estava brincando com fogo.
Número de ogivas
A Rússia, que herdou o arsenal nuclear da União Soviética, tem o maior número de ogivas nucleares do mundo, segundo a Federação dos Cientistas dos EUA. Ogiva é uma arma nuclear armazenada em uma cápsula que pode ser instalada na parte cilíndrica de um foguete, míssil ou projétil.
Em 2023, Putin assinou uma lei para revogar a ratificação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares pela Rússia. O acordo, assinado em 1996, proíbe todos os testes com armas nucleares. Estados Unidos e China também estão fora do tratado.