Segunda-feira, 16 de junho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Quais pontos pesam a favor e contra a possível nomeação de Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda

Compartilhe esta notícia:

A escolha por Haddad não tem sido bem-recebida pelo mercado. (Foto: Diogo Zacarias/Divulgação)

Há duas grandes questões que norteiam as discussões no PT em torno da possível nomeação de Fernando Haddad como ministro da Fazenda (atual Ministério da Economia) do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira é se esta seria a posição adequada para fazer de Haddad o sucessor de Lula em 2026. Com as contas públicas em situação mais que delicada por conta de compromissos assumidos pelo governo de Jair Bolsonaro e que terão impacto a partir de 2023, a Fazenda deverá ser um lugar de trabalho árduo, muita pressão e pouco prestígio.

Nesse sentido, será difícil gerar a partir da Fazenda uma “marca”, uma realização da gestão com apelo popular que Haddad possa levar para as urnas. O caso sempre lembrado é o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi alçado à condição de candidato favorito na eleição de 1994 como “pai do Plano Real”. No entorno de Haddad, contudo, é bem compreendido que a situação do país agora é completamente diferente.

Por isso, setores do PT já especularam outras posições para Haddad, como o comando do Ministério da Infraestrutura. Como “tocador de obra”, isso criaria para ele uma agenda positiva de entregas por todo o Brasil e poderia aproximá-lo de candidatos a prefeito nas eleições municipais de 2024. Os ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores também já foram especulados. Mas a Fazenda parece ser, no momento, o lugar mais provável para o qual Lula designe Haddad.

Outro problema é o possível impacto da escolha no mercado. Ainda que Lula demonstre algum desprezo pelas reações do setor financeiro, é sabido que seria um desgaste indesejado para o ex-ministro da Educação “ficar na chuva”, segundo um interlocutor, com seu nome sendo tratado como fator de instabilidade em caso de nomeação. Por isso, há a compreensão de que o ideal seria apresentar Haddad junto com um “time”, cujos nomes acalmem o cenário.

Três nomes são citados neste momento: Felipe Salto, atual secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, cotado para o Tesouro Nacional; Gabriel Galípolo, ex-presidente do banco Fator – este considerado para várias possíveis posições no governo; e André Lara Resende, que integra o grupo de economia na transição, também cotado para compor o governo em alguma função de relevância.

Petistas da cúpula partidária vêm defendendo junto a Lula que Haddad assuma o Ministério da Fazenda, ou outro cargo de expressão equivalente no governo, porque esta é a aposta do partido para 2026, e porque ele já deu todas as demonstrações de lealdade ao presidente eleito nos últimos anos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Ex-ministro Paulo Bernardo diz que grupo da transição vai propor fim da privatização dos Correios
Ministro do Tribunal de Contas da União nega pedido para suspender distribuição de 43 bilhões de reais em dividendos pela Petrobras
https://www.osul.com.br/quais-pontos-pesam-a-favor-e-contra-a-possivel-nomeacao-de-fernando-haddad-para-o-ministerio-da-fazenda/ Quais pontos pesam a favor e contra a possível nomeação de Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda 2022-11-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar