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Ciência Qual é a aparência de uma galáxia bebê? Os cientistas concluíram e o resultado surpreende

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De acordo com uma análise de novas imagens do Telescópio Espacial James Webb (na foto), as galáxias bebês não eram ovos nem discos. (Foto: Divulgação)

Qual é a aparência de uma galáxia recém-nascida? Por muito tempo, muitos astrofísicos e cosmólogos presumiram que as galáxias bebês se assemelhariam a circunferências e discos familiares no universo moderno.

Mas, de acordo com uma análise de novas imagens do Telescópio Espacial James Webb, as galáxias bebês não eram ovos nem discos. Eram bananas. Ou picles, ou charutos, ou pranchas de surfe – escolha sua própria metáfora. Essa é a conclusão provisória de uma equipe de astrônomos que reexaminou imagens de cerca de 4.000 galáxias recém-nascidas observadas pelo Webb no início dos tempos.

“Esse é um resultado surpreendente e inesperado, embora já houvesse indícios dele com o Hubble”, disse Viraj Pandya, pós-doutorando da Universidade de Columbia, referindo-se ao Telescópio Espacial Hubble.

Ele é o principal autor de um artigo que será publicado em breve no Astrophysical Journal com o título provocativo “Galaxies Going Bananas”. Pandya deve dar uma palestra sobre seu trabalho em uma reunião da Sociedade Astronômica Americana em Nova Orleans.

Se o resultado se confirmar, os astrônomos dizem que ele poderá alterar profundamente sua compreensão de como as galáxias surgem e crescem. Também poderia oferecer uma visão sobre a natureza misteriosa da matéria escura, uma forma desconhecida e invisível de matéria que, segundo os astrônomos, compõe a maior parte do universo e supera a matéria atômica na proporção de 5 para 1. A matéria escura envolve as galáxias e fornece os berçários gravitacionais nos quais surgem novas galáxias.

O resultado baseia-se em indícios de observações anteriores do telescópio Hubble de que as primeiras galáxias tinham o formato de picles, disse Joel Primack, astrônomo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e um dos autores do novo artigo.

Em um e-mail, Alan Dressler, do Carnegie Observatories, que não participou do trabalho de Pandya, caracterizou o resultado como “importante – acho que é importante – extremamente importante, se for verdade”.

“Mantenho certo ceticismo com relação a esse resultado, dada a dificuldade de se fazer tal medição”, acrescentou. “Especialmente para galáxias distantes, pequenas e não muito brilhantes (estou falando das galáxias).”

A equipe de Pandya analisou as imagens de galáxias em um pedaço do céu menor do que uma lua cheia, conhecido como a Faixa de Groth Estendida, que foi pesquisada por muitos telescópios, inclusive o Hubble. As imagens foram obtidas por uma colaboração internacional chamada de pesquisa Cosmic Evolution Early Release Science, ou CEERS.

A equipe planeja estender suas observações a outras áreas bem estudadas do cosmos. “Isso nos permitirá identificar galáxias com diferentes formas 3D em todo o céu” e facilitará as tão necessárias observações espectroscópicas de acompanhamento, escreveu Pandya em um e-mail.

As galáxias são as cidades-estado do cosmos. Dentro do universo visível, estima-se que existam 2 trilhões delas, cada uma contendo até 1 trilhão de estrelas. Mas o universo visível é apenas uma fração do que existe lá fora. A maior parte da matéria do cosmos parece estar na forma de matéria escura; seja lá o que for a matéria escura, ela constitui os ossos invisíveis do universo que vemos.

Os astrônomos agora acreditam que as galáxias foram semeadas por flutuações aleatórias na densidade de matéria e energia durante o Big Bang. À medida que o espaço se expandia, as áreas mais densas ficavam para trás e a matéria escura se acumulava, puxando consigo a matéria normal.

Esse material acabou se juntando novamente e se iluminou como estrelas e galáxias ou desapareceu em buracos negros. O telescópio Webb foi projetado para investigar essa era formativa e misteriosa; com um espelho gigante e sensores infravermelhos, ele pode ver as galáxias mais distantes e, portanto, as mais antigas.

Pandya e seus colaboradores investigaram as formas tridimensionais das galáxias analisando estatisticamente suas projeções bidimensionais no céu. Se essas primeiras galáxias fossem bolas ou discos orientados aleatoriamente no espaço, elas deveriam ocasionalmente apresentar suas faces completas, parecendo redondas e circulares, aos telescópios. As informações são do jornal The New York Times.

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