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Mundo Quase 10 mil cubanos estão tentando entrar nos Estados Unidos e não conseguem

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Presidentes Barack Obama e Raúl Castro firmaram acordo em 2014. (Crédito: Reprodução)

Mais de 5 mil cubanos que pretendiam entrar nos Estados Unidos pela fronteira com o México estão parados na Costa Rica, em uma crise migratória que se arrasta há um mês. Outros mais de 2 mil aguardam no Panamá a possibilidade de continuar sua viagem. Se forem bem-sucedidos, se juntarão a outros 43 mil cubanos que chegaram aos Estados Unidos neste ano, 80% a mais do que no período anterior.

A onda migratória é resultado do temor dos cubanos de que o restabelecimento de relações diplomáticas entre Havana e Washington leve os americanos a rever a política de permitir a entrada de qualquer cidadão da ilha que chegue a seu território por uma fronteira terrestre. Havana pressiona os EUA a modificarem a prática conhecida como “pés secos/pés molhados”, pela qual só os cubanos interceptados em barcos são devolvidos a seu país. O governo de Raúl Castro sustenta que a política estimula migração em condições precárias e alimenta a máfia que se especializou em levar cubanos – do Equador e atravessando sete países, aos EUA.

Nesta semana, o encarregado de negócios da Embaixada americana em Havana, Jeffrey DeLaurentis, afirmou que a mudança de política migratória não está nos planos de Washington.

A crise teve início em 14 de novembro, quando a Costa Rica desbaratou um grupo de coiotes especializados em levar cubanos para os EUA pela América Central. No dia seguinte, a Nicarágua fechou a fronteira com o país, impedindo centenas de milhares que estavam no Panamá de continuar o trajeto. Os cubanos iniciavam a viagem no Equador, que era o único país da região a não exigir vistos de cidadãos da ilha. A situação mudou no dia 1, quando os equatorianos passaram a pedir visto de turistas dos cubanos.

O número de americanos que viajam a Cuba aumentou em mais de 50% no último ano, para cerca de 500 mil, segundo um integrante do governo americano. Conforme ele, os dois países podem concluir até o fim do ano o acordo para o estabelecimento de voos comerciais diretos – atualmente, só há voos charters. Em breve, também terá início um programa-piloto de serviço postal direto entre os dois países, o primeiro em cerca de 50 anos.

O dia 17 deste mês marcou o aniversário de 1 ano do anúncio de restabelecimento de relações diplomáticas entre os EUA e Cuba, feito de modo simultâneo pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro. A decisão colocou fim a cinco décadas de isolamento e acabou com último resquício da Guerra Fria no continente.

Os dois países abriram suas embaixadas respectivas em julho e deram início a um processo de negociação de vários pontos da relação bilateral, na busca de sua total normalização.

Apesar do restabelecimento de relações diplomáticas, há várias questões que precisam ser resolvidas. Entre elas, estão os pedidos de indenização de empresas e indivíduos americanos que tiveram propriedades expropriadas após a chegada de Fidel Castro ao poder. De seu lado, os cubanos demandam reparação pelos prejuízos decorrentes do embargo econômico dos EUA, que continua em vigor. Havana sustenta que a normalização só será possível com o levantamento das sanções e a devolução do território onde está a base naval de Guantánamo. (AE)

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