Por Redação O Sul | 16 de maio de 2025
Os animais estavam distribuídos em dois galpões. Em um deles, todos morreram. No outro, cerca de 80% das aves.
Foto: Governo do Estado de São PauloA Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul confirmou a morte de quase 17 mil galinhas por gripe aviária em uma granja comercial na cidade de Montenegro (Vale do Caí). A informação foi repassada em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (16). Trata-se do primeiro caso da doença em uma granja comercial no Brasil.
Os animais estavam distribuídos em dois galpões. Em um desses espaços, todos morreram. No outro, apenas 20% das aves sobreviveram e foram abatidas, por medida sanitária. Conforme o governo gaúcho, as aves eram galinhas-matrizes, destinadas à produção de ovos férteis por meio de material genético, não para consumo.
O produto havia sido enviado para incubatórios de dentro e fora do Rio Grande do Sul. Um rastreamento já está sendo realizado, para eliminação do material.
Além disso, a Secretaria disse que estão sendo feitas barreiras de desinfecção em um raio de 3 a 10 quilômetros de distância da granja em Montenegro. A barreira é dedicada a veículos de interesse, como os que carregam carga animal, de ração ou de leite, por exemplo. São veículos de maior risco, por fazerem contato com propriedades. Serão, em princípio, seis barreiras fixas e uma de desvio.
A origem do ingresso do vírus no local é investigada. Algumas possibilidades são de que o vírus tenha ingressado por meio de aves silvestres, calçados humanos, equipamentos, insumos ou mesmo por meio da água.
Economia
O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado do Brasil que mais exporta carnes de frango, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). No ano passado, suas vendas ao exterior totalizaram US$ 1,2 bilhão, ficando atrás somente de Paraná (US$ 3,9 bilhões) e Santa Catarina (US$ 1,9 bilhão).
O produto é um dos mais relevantes para a pauta de exportação do Estado. A carne de frango foi o quarto item que mais gerou divisas para o Rio Grande do Sul no ano passado, atrás somente de soja em grão (US$ 4,5 bilhões), fumo não manufaturado (US$ 2,5 bilhões) e farelo de soja (US$ 1,4 bilhão).
A suspensão das exportações do estado procura, segundo o Mapa, manter a credibilidade da carne brasileira e tentar garantir a retomada mais breve das exportações. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.
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