Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2018
Como qualquer outra medicação, o Viagra pode trazer efeitos colaterais. Leia abaixo o que você deveria saber antes de comprar e provar as pílulas.
1 – Como funciona?
Para a ereção dar certo, o sildenafil, o componente do Viagra, precisa aumentar o fluxo sanguíneo até o pênis. Esse mesmo composto, embora em menor quantidade, também é usado em remédios que combatem a hipertensão pulmonar.
Segundo dados do NHS, o serviço de saúde do Reino Unido, ao menos dois terços dos homens que usam o medicamento dizem que ele funciona e provoca ereção.
Em média, o remédio demora entre 30 e 60 minutos para fazer efeito em homens com disfunção erétil. Na bula do publicada no site da Anvisa, a empresa farmacêutica informa que um comprimido de 50 mg deve ser tomado em até uma hora antes da relação sexual. Já o serviço de saúde britânico afirma ser possível ter ereção ingerindo uma pílula até quatro horas antes.
“De acordo com a eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada para um máximo recomendado de 100 mg ou diminuído para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência máxima recomendada de Viagra é de uma vez ao dia”, informa a Pfizer.
Porém, tomar apenas o remédio não é garantia de sucesso. É necessário também estímulo sexual para que o medicamento funcione bem. Por outro lado, informa a instituição britânica, a ereção deve desaparecer com o fim da relação sexual.
2 – Quem pode e quem não deve tomar Viagra?
O Viagra é recomendado apenas para homens maiores de 18 anos que tenham impotência, ou seja, pessoas que não conseguem ter ou manter uma ereção. Ele não é indicado para mulheres.
Os efeitos colaterais mais comuns são dores de cabeça, náuseas, ondas de calor e tontura, mas a maioria dos homens não sente nenhum problema.
Como regra geral, o medicamento deve ser evitado por homens que têm falta de ar ou dor no peito ao fazer exercícios leves, como subir poucos lances de escadas.
O sistema de saúde do Reino Unido e a Pfizer desaconselham o Viagra para as seguintes pessoas:
– doentes graves do coração ou do fígado;
– pacientes que tenham sofrido derrame há pouco tempo;
– homens com pressão baixa;
– pessoas com a doença retinite pigmentosa;
– pacientes em tratamento com medicamentos que contenham qualquer forma de óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos.
É também recomendado ir ao médico antes de tomar o medicamento caso esteja fazendo algum tratamento ou tenha doenças como úlceras estomacais, hemofilia, leucemia ou anemia falciforme.
3 – Tomar Viagra pode ser perigoso?
Tomar sildenafil pode ser perigoso se o paciente também seguir um tratamento com medicamentos conhecidos como nitratos, normalmente prescritos para angina (dor no tórax).
O composto também não combina bem com o Adempas, um remédio para hipertensão pulmonar, nem com drogas de uso recreativo que tenham nitrito de amilo (um vasodilatador).
Segundo o NHS, não há estudos conclusivos sobre efeitos colaterais caso haja mistura de sildenafil com drogas como cocaína ou LSD, mas o órgão não recomenda o uso das substâncias ao mesmo tempo.
Por outro lado, o Viagra causa efeitos colaterais graves em menos de um a cada mil pacientes.
Recomenda-se que o paciente pare de tomar Viagra e vá ao médico no caso de:
– sentir dor no peito;
– tiver ereções prolongadas e as vezes dolorosas;
– exista uma perda repentina de visão;
– houver uma reação cutânea grave, que pode ser acompanhada por febre, descamação da pele, inchaço e bolhas;
– sofrer convulsões ou alergias.
4 – Existem tratamentos alternativos ao Viagra?
Há remédios que funcionam de maneira similar ao Viagra, como Cialis.
Também existe um medicamento vasodilatador chamado Alprostadil, que ajuda a estimular o fluxo sanguíneo até o pênis.
Há disfunções de ereção causadas por problemas endócrinos que podem ser tratados com hormônios masculinos injetáveis.
Mulheres
Em 2015, a FDA (Food and Drug Administration) aprovou a flansanserina – comercializada nos Estados Unidos sob o nome de Addyi –, qualificada como “viagra feminino” e apresentada como um tratamento para reviver a libido das mulheres. Mas desde o seu lançamento, provoca controvérsia.