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Brasil Quem comprou dólar no início de abril lucrou mais

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O dólar e o ouro, ativos considerados porto-seguro em tempos de incerteza, lideraram o ranking das aplicações financeiras no mês, com alta de 4,82% e 4,21%, respectivamente. (Foto: Reprodução)

O dólar e o ouro, ativos considerados porto-seguro em tempos de incerteza, lideraram o ranking das aplicações financeiras no mês até a última sexta-feira (27), com alta de 4,82% e 4,21%, respectivamente.

A renda fixa não trouxe muito conforto para o perfil rentista, saudoso dos retornos na casa de 1% ao mês, com o ganho limitado a 0,39%, considerando-se o IRF-M, índice que reúne uma cesta de títulos públicos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, reagiu na reta final e subiu 1,26%, enquanto o índice de small caps, de empresas de menor capitalização na Bolsa, voltou a ser destaque, com valorização de 2,26%.

No acumulado do ano, a Bolsa leva a melhor, com ganhos de 13,14% do principal índice do mercado de ações brasileiro. Apesar de toda volatilidade recente, os estrategistas de investimentos ainda recomendam a alocação em renda variável, mas são mais cautelosos para indicar um mix com dólar. Consideram que vale a pena ter uma parcela da carteira em ativos no exterior, especialmente para quem tem passivos em moeda estrangeira. Para aproveitar o sobe e desce do ativo, a recomendação é delegar essa tarefa aos gestores de fundos multimercados.

A alta do dólar não deveria ser gatilho para aumentar as posições na moeda americana, segundo Mauro Rached, diretor de gestão de fortunas do BNP Paribas. Isso porque, na média, os clientes do grupo francês no Brasil já vinham ampliando a parcela do portfólio exposta a ativos internacionais conforme avançou o ciclo de alívio monetário no Brasil.

“Como estratégia de longo prazo, a gente não vê motivos para o real se desvalorizar estruturalmente a ponto de justificar uma grande realocação para quem já está relativamente diversificado em termos de moeda.”

Há, porém, um grupo mais conservador e resistente a alternativas alémfronteiras, reconhece. “Têm muitos que ainda não se deram conta que o portfólio que rendia mais de 1% ao mês hoje não passa de 0,5%, um contingente significativo ainda não fez o movimento que deveria ter feito.” Rached sugere que os aplicadores tenham pelo menos 20% da carteira atrelada a outras moeda.

Mas como o ambiente internacional também carrega um certo grau de incertezas, em meio às expectativas de um ambiente mais inflacionário nos Estados Unidos e à guerra comercial deflagrada pelo governo de Donald Trump, esse passo também não deve ser livre de vaivéns, ressalva Rached. “Quem quiser ganhar alguma coisa além dos 6,5% da Selic vai ter de aceitar mais volatilidade nos seus investimentos”, diz. “Aqueles acostumados a ter retorno absoluto superior e baixa volatilidade na renda fixa pós-fixada, têm de entender que isso ficou para trás.”

O dólar foi o investimento do mês porque ficou barato montar proteções para a exposição no exterior, dado que o diferencial de juros local e internacional caiu sensivelmente, diz Richard Wahba, diretor geral da Garín Investimentos. O especialista recomenda uma parcela de 20% a 30% da carteira em ativos internacionais, mas não uma aposta direcional no dólar, que não deve ir muito adiante. “O Banco Central tem muito poder de fogo para evitar uma alta muito forte e não usou nada”, diz. “Só de o Ilan [Goldfajn] falar, o mercado já acalmou.”

Wahba acrescenta que a própria reação da Bolsa no fim do mês teve relação com o dólar porque as ações acabaram ficando baratas aos olhos estrangeiros. Ele vê um ambiente mais promissor para a renda variável a partir de agora porque os candidatos à presidência com alguma expressão nas pesquisas têm unificado o discurso em torno do ajuste fiscal, em especial a reforma da Previdência.

Na seleção de ativos, a preferência tem sido ações relacionadas à cadeia de commodities e outras boas pagadores de dividendos, que ganham apelo em meio à Selic mais baixa.

tags: economia

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